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| FOTO: CADERNO DE CALIGRAFIA. AUTOR: CUCUNACA, 2019. |
Por: Mauro Jeusy Vieira Bechman*
Embora filho de uma ex professora primária e de um marceneiro que escrevia em letras coloniais, nunca desenvolvi esta habilidade qualidade e arte de escrever com letras corsivas mais belas.
Quando estava cursando o antigo Segundo Grau, lá pelo terceiro ano, hoje chamado Ensino Médio, no Colégio Farias Brito na Rua Santa Isabel na Praça 14 de Janeiro, resolvi perguntar a professora de Língua Portuguesa como ela via a minha escrita. Então, a bela professora de tez clara, cabelos loiros e olhos verdes me disse que eu tinha uma boa ortografia, ou seja, eu escrevia bem de forma correta, mas minha caligrafia era ruim.
Finalizei o 2º grau e resolvi "endireitar" minha escrita. Comprei um caderno de caligrafia número 4 e comecei a preencher. Completei todo o caderno e após o seu término, contemplei a façanha. Com alegria, descobri que pode melhorar a minha limitada caligrafia com os exercícios propostos no caderno horizontal.
Corrigindo trabalhos de alunos do hoje Ensino Médio, vi muitos alunos e alunas que ao que parece, a cada geração vão perdendo a habilidade da Escrita. Na das aulas semanais, propus a um aluno "agitadinho" que fizesse e me entregasse .caderno de caligrafia preenchido na próxima aula. E assim, o aluno o fez, chegada a aula, o aluno me entregou o caderno preenchido, ressaltando que sua mãe até não fez restrições e comprou o caderno de caligragia, o qual foi preenchido. O aluno gostou da atividade e disse que faria outro pois sua letra estava até melhor após o exercício da caligrafia.
Às vezes, precisamos tomar ciência de nossas limitações para podermos ir superando cada dificuldade, mesmo as mais simples, em nossa vida civil, escolar, acadêmica e profissional. Sem isso, não haverá crescimento. Aliás, nunca é tarde para melhorarmos!
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* Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia.UFAM. Livre-docente de Ensino Superior. Professor de Geografia. Consultor Ambiental.
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