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| FOTO: IGARAPÉ DO PASSARINHO. AUTOR: CUCUNACA, 2021. |
Por: Mauro Bechman*
Com várias chuvas em diversas intensidades, sol forte, vento fresco e o perfume dos ipês amarelos no Igarapé do Passarinho, Fevereiro se anuncia. Um aroma sem igual com a troca de suas folhas vai nos bonificando com a chuva de cheiro de suas copas luxuriantes.
Há muita vida nos jardins que nos restaram, animal e vegetal. Nos passos, o medo nos ocorre. Não de uma espécie animal ou vegetal, nem dos pequenos jacarés que frequentam o Igarapé poluído, ou ainda dos gaviões que seguem suas sinas por espaço entre a zoogeografia deste geossistema magnífico em plena Cidade dos Tiranos.
Não, o medo que nos sobressai é do Antropóide Bípede, uma fera que devora tudo que vê e cheira para depois, vomitar tudo na sala de estar. É ele quem inventa um falso belo, para disfarçar sua feiúra e ludibriar a si mesmo e aos incautos que o alimentam a vaidade vencida.
Aprisionando o medo, agora assim, o observador de passarinhos pode ouvir o concerto da vida, alimentando a esperança na misericórdia do Criador de todas as coisas.
Meu espelho sofre e chora enquanto a natureza me renova a esperança de que podemos ser melhores na nova chance. Talvez esse Fevereiro Natural, seja o começo de um outro começo.
Assim eu desejo, a você e aos seus queridos.
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* Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Centenária do Amazonas. UFAM.

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