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CARNAVAL DE MANAUS: CRÍTICAS


Foto: Coroa, símbolo do GRES Reino Unido da Liberdade. Quadra.
 Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.

Desde de criança, acompanho o Carnaval de Manaus, especialmente o desfile das Escolas de Samba e isto tem mexido de fato com minha criticidade. Daí a oportunidade para exercê-la em sua plenitude. Nestas breves palavras buscarei pontuar com criticidade, as fragilidades do nosso carnaval e de nossas agremiações. além de abordar alguns entraves ao nosso crescimento enquanto um carnaval de destaque entre os demais do país.

Nesta percepção, algumas das grandes escolas de samba de Manaus, ainda carecem de se libertar do "julgo" do Estado, pois ainda alimentam a cultura de que tem que esperar o "Estado" reformar suas "quadras" e financiar suas esperanças. Ao visitar algumas das quadras de escolas de samba, observamos a falta de infra-estrutura presente e mesmo nas maiores, com pisos sem o devido embasamento, e notoriamente, quadras sem pintura que dessem ao menos a impressão ao folião, que ali reina a "Alegria". São em verdade, coisas simples, que precisam ser vistas, para que a casa dos bambas, tenha uma referência verdadeira á alegria das escolas de samba.

Outra fragilidade, reside no fato, de que em algumas escolas de samba ainda respira-se um "espirito amador" na gestão. Aos baluartes, as homenagens e aos administradores as engrenagens! As Escolas precisam ter projetos verdadeiros para o regaste da cidadania das pessoas e não somente reclamar da falta de dinheiro. Poucas escolas de samba em Manaus, tem esta preocupação. Já está na hora de perceber que a Praça 14 de Janeiro é o berço do samba, mas que ainda não dispõe de um "Museu da Negritude" e ao que parece ninguém se preocupa com isso o que se torna um acinte á memória deste lugar tão especial que é a Praça 14 de Janeiro, com sua nomeclatura revolucionária. Acorda minha gente tá na hora! Cada escola tem sua história e isto não pode ficar apenas sob a reponsabilidade da memória popular. Existe uma história a ser registrada na Balaku Blaku, na Aparecida, no Reino Unido e tantas outras escolas de samba e até as que estão no grupo de acesso.

É notório que as composições dos sambas enredo vem a cada ano perdendo a qualidade em nome de um apelo publicitário. Não se faz mais poesia! Não se faz mais pesquisa em profundidade para se compor um samba-enredo, daí letras pobres e sem criatividade, fazendo nos pensar que alguns sambas de enredo são apenas a junção de "rimas" já realizadas em outras letras de outros sambas de carnavais passados. Não há inventividade e sensibilidade. Versos previsíveis e limitados, sem inspiração. Alguns interpretes gritam em vez de cantar e buscar harmonizar o tom com a beteria.

As escolas de samba também não podem ser apenas cópias do carnaval carioca, precisa ter originalidade e criatividade. Repetir nomeclatura de bateria ou de torcida vista pela televisão, só faz empobrecer a rica história das escolas de samba! A mente humana é tão criativa, porquê reproduzir a mesma coisa! Parabéns á Vitória-Régia que mantém seus "Batuqueiros de Ouro", vejam é batucada, donde surgiu a escola, do batuque dos negros da Praça 14 de Janeiro. Esse negócio de imitar o "Salgueiro" é de última!

A cada ano, presenciamos um verdadeiro exército de "furões" na escolas de samba. Ganham camisas da harmonia da escola e muitos não sabem nem cantar o samba! É, como não sabem sambar, pulam freneticamente quando se deparam com uma câmera de televisão, seus movimentos são tão descompassados com o samba que não sabemos se estão num bloco da Bahia ou no meio da torcida de um clube de futebol. Mas isto só ocorre porque se permite e quem permite? Deixo esta resposta para vocês.

Também não podeia deixar passar desapercebido, os "intelectuais de plantão". Estes nunca foram a um barracão de escola de samba, não conhecem seus personagens, sua história, mas estão lá a postos para depreciar o "edificil do samba" manaura! Não propõem pesquisas, nem desenvolvem sobre as escolas de samba, as coisas da terra! Lembro apenas que na Inglaterra e na França se pesquisa sobre tudo, até sobre queijos e cada um destes elementos da cultura do dia-a-dia são pesquisados com o rigor e paixão da academia. Não em Manaus, para estes divinos, nossas escolas não são dignas de pesquisa, de teses, monografias, livros. Lembro aqui, que a mais importante obra sobre o Carnaval de Manaus quanto ás escolas de samba é de um grande amazonense, chamado Daniel Sales Gato e está exatamente fora da academia. Lamentável a posição destes pseudo-intelectuais que nem sequer escrevem os sambas para as escolas e nem ao menos se expõe á disputa para as eliminatórias.

Não desejamos ser uma simples cópia do Carnaval carioca, pois duvido que aquele carnaval dê o acesso ao povo como o nosso! Com o maior sambódromo do Brasil e cujo acesso é gratuito á grande massa. Fizemos sambas de enredo verdadeiras obras primas num passado próximo e podemos mais! Pois somos únicos e capazes sufucientemente para ousar!

Saudações Carnavalescas!

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3 Comentários

  1. Parabéns, Muaro, por manter este Blog e seus textos,sempre "antenados" com a atualizade. Abração do Amigo Daniel Sales.

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  2. Valeu Daniel! Saiba que sou um torcedor seu! Após o carnaval nos encontraremos nos estádios! Saudações Amazonenses!

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  3. Muito bom texto. Digno de reflexão. Não adianta eles quererem matar o samba. O samba é uma fênix.

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