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FOTO: M. BECHMAN. AUTOR: CUCUNACA, 2024 |
Por: Mauro Bechman*
Fim das eleições municipais no Brasil. Noticiários nas diversas mídias e nas mais populares, vulgarizam a Política. Isto não é nenhuma novidade, sabemos disso.
A questão toda é que em pleno século XXI as mídias findam por banalizar, substituindo os partidos e suas orientações ideológicas pelos nomes dos candidatos ou seja, há uma personalização das condidaturas.
Para o tal eleitor médio, não é a pauta extremista de direita que está em debate, é a pessoa do amável ou sorridente candidato ou candidata. Mas, e culpa destes, a banalização?
Na realidade da política local, vemos e ouvimos diuturnamente essa banalização especialmente nas rádios e tevês em suas entrevistas.
Até os anos 2000 o passado do candidato era omitido, mas o que assistimos a partir de então, foi o apagamento das pautas extremistas diluídas nas personalização das candidaturas.
Aqui, não interessa apenas saber o alinhamento ideológico, mas a pauta deste alinhamento, saber se ele será realmente benéfico ou maléfico a sociedade, saber das práticas dos partidos, se estão de acordo com a Democracia posta ou se são arbitrariamente contra o processo em que se inserem.
Não esqueçamos dos que se dizem apoliticos e depois de dois anos aparecem como candidatos em alguma legenda. São pessoas que são contra a política que depois que descobrem como podem se locupletar nela e dela, surgem como candidatos a salvadores da pátria.
Bem, banalizar não é democratizar.
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*Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas UFAM (1909).
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