| FOTO: REVISTAS. AUTOR: CUCUNACA, 2015. |
Os grande geopolíticos brasileiros colocam desde a década de sessenta do século passado que o maior desafio brasileiro era colonizar seu imenso território até o século XXI. O Brasil após os anos cinquenta do século XX passou investir fortemente na ocupação "humana" das regiões setentrionais do país tendo em vista um cenário de ameaça ás riquezas e o questionamento sobre a soberania territorial do estado brasileiro sobre o oeste e norte. Rivalidades históricas com alguns de seus vizinhos somaram-se a estas preocupações e fragilidade das "fronteiras vivas" e os "espaços vazios".
No seu afã de empreendimento colonizador interno o Brasil, com a implantação de Brasilia como capital central do país, passou a comandar uma rede urbana e regional que funciona como um farol a observar todas as movimentações em suas regiões. Neste passo, o país pagou um preço (e ainda paga) neste esforço.
O surgimento de novas doenças e o agravamento da questão ecológica-ambiental na Amazônia, conduziram a região a um empobrecimento que remonta o século XVIII. Outro preço, fora a renúncia ao desvendamento do enigma da "esfinge" amazônica. Neste sentido, faltou sensibilidade para ser entedido que o mito brasileiro de superioridade ante as nações do mundo não assenta-se na raça ou na cor, mas no elemento geográfico e cultural de suas regiões. Remédios, rituais, alimentos e saberes foram desprezados pelos colonizadores internos, cuja marca é vista na implantação de uma sociedade capitalista nas cidades amazônicas cujas relações de produção ainda agridem o meio ambiente e apagam ós saberes e as memórias populares sob o discurso da civilidade. Talvez este tenha sido o maior preço a ser pago pelo país neste empreendimento, talvez tenha sido a questão ambiental, talvez tenha sido a ignorância da capacidade intelectual daqueles que nasceram na região.
O país hoje, avança sobre as "fronteiras" num misto de ocupação e conhecimento de sua realidade em que mobiliza populações empobrecidas ávidas por enriquecimento e cientistas (pseudos também!)reinventando o que as populações tradicionais já sabiam há séculos. Não fosse apenas isto, as instituições promotoras do conhecimento sobre a Amazônia e o Amazonas representavam verdadeiras OVNIs na região, não integrando-se á vida regional e nem contribuindo o necessário e devido para a sociedade.
Mas, hoje, o Brasil tem em todo o seu território um único idioma "a língua portuguesa". Obscureceram-se outras línguas e ou foram sendo agregadas á língua oficial e o país agora só consolida esta ocupação interna de seu território tendo como substrato o capitalismo e o meio técnico-científico informacional.
No plano global, o Brasil expande suas fronteiras, tornado-se um país que incomoda na indústria, na agricultura e na tecnologia, sendo um exportador contumaz. Isto pode ser verificado nos relatórios recentes econômicos. Este poderio se manifesta também na capacidade de manter sua soberania ao mesmo tempo que se esforça para ser um ator na cena geopolítica internacional, enumere-se aqui alguns elementos para esta ação brasileira: 1. Equador; 2. Bolívia; 3. Paraguai; 4. Haiti; 5. Honduras e a reaproximação do país com os países africanos.
Neste sentido, o Brasil marcha com a perspectiva de que conforme projeções, até 2025 o país será a quinta economia mundial. Espero que a minha Amazônia seja respeitada e que possamos a dar ao Brasil a nossa parcela de contribuição para um futuro próspero e de realidades outras que não esta que vivemos.
Saudações Geográficas!
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