SUN TZU PARA GESTORES


Foto: Mesa de Leitura. Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.


A importância da leitura de um gestor seja de qualquer área da produção, seja ela, intelectual ou de efetva geração de bens materiais. É necessária a leitura e o estudo estratégico das ações que oriente os gestores na definição de metas e objetivos, bem como, obter uma luz no caminho da gestão do negócio.
 
Ao assumirmos cargos de gestão na condição de iniciantes, é importante nos atermos que as tarefas serão efetivamente exaustivas, sejam elas para a realização do script diário, seja ela, no processo de gestão estratégica. Algumas leituras são importantes ferramentas para a boa gestão de pessoas, de processos e de perspectivas futuras.
 
Não se pode ser ingênuo em pensar que o alcance do sucesso se dá apenas pelo timbre ou estilo de liderança, pois a dificuldade reside mesmo no fato de produzir resultados no tempo presente, manter o status da produção eficiênciente e eficaz e, desenvolver um senso de visão para o futuro.
 
Das leituras básicas para o gestor, uma referência de ações no campo da gestão, está presente numa obra já clássica, advinda dos mais antigos tratados de guerra da história da humanidade. Estamos falando da obra de Sun Tzu, a "Arte da Guerra" que com  a defasagem de cerca de 15 anos, chega na versão em português brasileiro, sendo largamente publicado e usado vulgarmente por gestores ainda não amadurecidos no que diz respeito á contextualização da leitura e sobre sua aplicabilidade nos tempos atuais.
 
Trabalhei numa empresa de ensino durante cerca de sete anos, no processo de substituição e mudança organizacional, assisti a algumas situações bem interessantes e algumas vezes hilárias. Uma destas situações, fora a que meu chefe imediato, recém-contratado, reunia por sua própria vontade os demais chefes, seus subordinados hieraquicamente, e após algumas exposições, provocava (provocava mesmo) os seus subordinados a falarem se já haviam lido "Sun Tzu" e olhando a todos com uma esperança de obter respostas e uma desconfiança gigantesta, não se cansava de a cada reunião fazer referência ao autor chinês e sua obra.

Certamente, que nenhum dos presentes respondia ou conhecia a obra, mas se tivessem lido, certamente ficariam cautelosos. Aliás, um gestor competente, precisa conhecer as intenções e as intencionalidades de seus superiores, pois não se pode se auto-sabotar e comprometer o crescimento da organização. Após um certo tempo, descobri que nosso chefe imediato era militar da reserva e, por isso, usava de seu "status" para impor algum respeito e aí para mostrar que tinha leitura, desfilava Sun Tzu vulgarmente como se fóssemos realmente leigos na gestão.
 
Como o bom Sun Tzu nos relata, precisamos ler os cenários e assim  o fizemos, visto que, num cenário como este de mudanças no nível estratégico, não há muito que esperar, pois surgirão magos e mágicos com solucionáticas revolucionáticas. Só não podemos em hipótese alguma esquecer que o trabalho de gestão não pode se basear por apenas uma "biblia doutrinária" e, mesmo há uma miopia acentuada em observar que existem também outros clássicos na literatura geopolítica como Raymond Aron e Claushwisch, só para dar dois exemplos da área militar. E, que Sun Tzu aplicado ás relações organizacionais de forma imatura, mergulha a organização num clima de insegurança, falsidade e estresse improdutivos na gestão de pessoas e dos negócios. Afinal, o objetivo da guerra é a paz.
 
Saudações Geográficas!

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