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| FOTO: MAQUETE DO FORTE DE SÃO JOSÉ DO RIO NEGRO. AMAZONAS. AUTOR: GEÓG. M. BECHMAN, 2013. |
Proferido
de improviso na abertura da semana da Pátria e semana do Amazonas, dia 1.º de
setembro de 1980, às 8 h, na Praça do Congresso, momento em que fez o
lançamento oficial do Hino do Amazonas e sancionou a lei n.º 1404, que o
aprovou
. GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS DR. JOSÉ LINDOSO.
“Em
todo esse decorrer de tempo, lutas foram travadas na busca de conquistar a
autonomia do Estado do Amazonas, para que ele se transformasse numa força
política dentro da Pátria Brasileira, animado pelas mesmas forças, pelos
mesmos sentimentos de brasilidade, mas consciente de uma identidade
histórica, na busca de uma personalidade cultural.”
“E
essas lutas todas representam hoje aquele esforço cristalino que está no Hino
do Amazonas, esse hino que evoca as conquistas tão puras, as conquistas de
bravos realmente, mas as conquistas cheias de sangue, de injustiças, talvez,
no domínio do índio, na afirmação de todo esse sofrimento, ora de tragédia,
ora de afirmações brilhantes, numa nova nacionalidade. Os caprichos da
história são caprichos às vezes terríveis e o sangue do índio subjugado iria
ressurgir na força de uma nova Pátria, transfundido na cultura do europeu, na
afirmação, no estado de uma consciência da América, de uma consciência do
Brasil e de uma consciência da Amazônia e, mais do que isso, de uma consciência
do Amazonas como participante decisivo no processo histórico de nossa
Pátria.”
“A
afirmação, portanto, que contém o Hino, do momento, do passado, da crença e
da esperança do presente e da afirmação de uma melhor história para o futuro,
representam três instantes na eternidade do tempo.”
“O
Hino é, portanto, a expressão de tudo o que está dentro dos nossos corações.
Ele fala, na musicalidade e na expressão da sua letra, de todos os nossos
anseios, impulsionados pela nossa tradição, traduzindo a síntese do milagre
da história na afirmação de uma nova nacionalidade.”
“Não
tínhamos um hino oficial e queremos participar da história, tecer a história
como membros da comunidade brasileira, conscientes de que a nossa
participação no futuro será crescentemente marcada.”
“Somos
detentores de um grande patrimônio que a natureza nos legou, de florestas e
de rios, que deve ser mobilizado conscientemente a serviço da humanidade e a
serviço do Brasil.”
“O
Hino traz, entranhado nas suas expressões, na sua sublimidade, esse sentido
profundo da harmonia de civilização que vamos construir com a própria
natureza.”
“É
a floresta que vai nos ensinar, também, ao sopro dos ventos e no vigor dos
ramos, na beleza das flores e no canto das aves, que seremos grandes quando soubermos
ser grandes pelo amor à natureza, pelas responsabilidades com a sociedade e
pelo pensamento eterno de que o Amazonas é grande por que grande é o Brasil e
o Brasil é grande por que nós, pela força de nossos músculos, pela capacidade
de nossa inteligência e pela determinação da nossa história, vamos fazê-lo
sempre eterno”.
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