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| FOTO: CHEGADA DA KAMÉLIA. AUTOR: CUCUNACA, 2020. |
Outra vez vem o Carnaval, a festa da carne. Os cordões, blocos, bailes, ranchos, concursos, desfiles, escolas de samba, blocos de sujos, o carnaval e sua magia extrema. A maior festa anárquica do mundo que mistura todos os sentimentos bons e ruins do ser humano. Talvez a maior constatação da pequenez do ser humano diante da vida e sua maior forma de enfrentar o restante dos dias sem sentido da vida.
As ditaduras tentaram domar e até eliminar o carnaval sem sucesso. A turba na rua, alegria, êxtase, distopia, alegria, felicidade, nada mais falso que a fantasia do ator e da atriz. Assim, nos diz Moacyr Franco "A nossa vida é um carnaval, a gente vive escondendo a dor...".
Intelectuais e tolos, polidos e estravagantes se encontram no meio do carnaval. Talvez o único momento em que os hipócratas se mascaram de sócrates e o contrário também certo está. Estamos no meio da turba. Em Manaus, os alimentados obesos mas ineptos intelectualmente, fantasiam-se no baile em que era apenas permitido o uso de black tie. Alguns vem de cães, outros já possuem a fantasia em sua própria tez, não há como não se fantasiar. Eles são sua própria fantasia.
Eu, sempre volto a ser menino. Admirar o belo do carnaval mas sempre sem perder a lucidez, aliás a vida vai além da quarta-feira de cinzas para lembrar que tudo é fantasia, tudo vira cinzas.
Eu vou ao samba, cujo enredo é a beleza do protesto, a tristeza que me faz mais forte a lutar pelas utopias do amanhecer sempre grávido de felicidade.
Saudações Carnavalescas!

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