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FOTO: FLORES. AUTOR: CUCUNACA, 2019. |
Hoje é Dia das mães no Brasil. Um dia de reflexão, saudade e alegria para todos os brasileiros e brasileiras.
Reflexão sobre o papel da mãe na sociedade ao longo do tempo, saudade das mães que já partiram e alegria pelas mães que ainda podem receber homenagens em vida de entes e queridos.
Mas neste dia das mães, gostaria de homenagear as mães que não são efetivamente mães.
Conheci três mulheres muito especiais e que mesmo não sendo biologicamente mães certamente o seriam com maestria. As chamarei por nomes fictícios Mariusca, Laurivetina e Maribertina.
Mariusca é de família russa, possui um porte imponente, cuida dos irmãos e irmãs com a autoridade de irmã mais velha, se preocupa com as irmãs, seus namorados, com seus irmãos e suas opções políticas, chegando até a enfrenta-los para corrigirem seus caminhos. Fala dura e olhar fixo, Mariusca vai educando e em linhas firmes mostrando seu amor pelos irmãos e irmãs, chegando até mesmo a esquecer de si. Desse modo, a bonita moça branca mostra seu jeito de ser mãe aprendendo e ensinando aos seus irmãos e irmãs os caminhos do bem.
Laurivetina, nasceu no pequeno arraial de Saia Rodada, interior do nordeste. Rodeada de muito amor e carinho, cuidou dos pais durante a velhice com uma filha exemplar. Seus pais passaram a ela uma educação musical riquíssima que exibe com simplicidade e beleza a quem desejar aprender um pouco mais sobre cultura musical brasileira.
Outro dia, conversando com ela por rede social privada, ela falou de um garoto, aluno seu na escolinha em que recém chegou para ministrar aulas de cultura.
Diante da Pandemia, os alunos ficaram em casa com seus pais e a necessidade apertou para uma família com três pessoas desempregadas e o aluno não pode acompanhar as teleaulas pois ele não possuía celular e a família estava muito carente. Então, Laurivetina decidiu ajudar a família, pegou o endereço e se comprometeu em levar um rancho para amenizar a carência da família. Ela já vinha demonstrando este cuidado com os outros. Ora, a solidariedade com as necessidades e sofrimentos alheios é uma prerrogativa de mãe, como seu senso de proteção e humanidade.
Já Maribertina, me pareceu mais uma mãe tipo italiana, briguenta e faladora, minha amiga, trata como se fossem seus filhos, seus colegas de trabalho. Orienta, briga, chora, reclama.. esculhamba e prepara aquela ameaça de mãe pra corrigir seus meninos e meninas. E confessa, a boca pequena, tenho que aprender a aceitar que há gente de todo tipo, aquelas que aprende na vida pelo amor e aquelas que aprendem com dor...e ainda completa... com muita dor, me disse com um certo ar de uma ironia triste.
Nenhuma destas minhas amigas são mães de fato. Mas, suas ações nos levam a lembrança de nossas mães, as que pegam no nosso pé quando crianças e adultos rebeldes, as que penteiam nossos cabelos, arrumam nossas roupas e aquelas que embora brigonas não há como não nos remeter a visão do amor insuperável de nossas mães.
Esta homenagem é pra vocês Mariusca, Laurivetina e Maribertina. Agradeço suas amizades e lhes reverencio com admiração. Que Deus as abençoe sempre.
Feliz Dia das Mães!
2 Comentários
Um abraço para suas amigas Mariusca, Laurivetina e Maribertina! Como mães por vocação, também ajudam a construir belas histórias.
ResponderExcluirPoxa...sim. Transmitirei sim seu abraço..e agradecido por sua presença aqui. Grande abraço pra você e prós seus.
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