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O BRASIL TERÁ QUE LUTAR PARA SE TORNAR UMA NAÇÃO QUE PRESTE


FOTO: LÚCIO CARRIL.
ACERVO DO AUTOR, 2019.

Por: Lúcio Carril*

O Brasil é o país com maior registro de crimes de homofobia no mundo.

É o 5° em feminicídio.

Por dia, 41 idosos morrem vítimas de violência no país. 

Cerca de 40% de todas as mortes entre índios brasileiros registradas desde 2007 foram de crianças com até 4 anos.

71% das pessoas assassinadas no Brasil são negras.

Não. Bolsonaro não foi uma onda, tampouco um caso isolado.  

Ele é símbolo de uma realidade construída na opressão e na violência de classe.

O racismo, o preconceito e a violência não surgiram agora. Eles são partes constitutivas da história brasileira, uma história de dominação edificada na ganância e no lucro.

Somos uma nação erguida nos valores anticivilizatórios, de costas viradas para o problema social e complacente com a desigualdade absoluta.

Se matamos, discriminamos e ofendemos, temos um candidato e o faremos presidente. É esta a lógica que nos domina enquanto nação. 

Não nos levantamos contra o abandono, o descaso, o desemprego e a fome porque nossa ética está acima dessas mazelas sociais. O que importa é o negro no cativeiro, o gay morto, a criança índia sem vida e sem futuro. E que a mulher se vire pra ficar viva.

Não. Bolsonaro não nasceu agora. Ele é cria da maldade. Ele é o homem de uma elite mesquinha, que se regozija com a morte e o sofrimento do outro.

Não teremos vacina tão cedo, pois aqui ainda reina a escravidão e a tortura cruel da inquisição. 

Somos vítimas e agentes coletivos da fogueira. 

Somos um país de merda, que comemora a queda para décima segunda economia do mundo e volta, passivamente, ao mapa da fome.

 Patriota só milico e idiota nessa realidade.

O que fazer? Só Lênin para responder diante da nossa triste realidade, mas o PT não deixa.

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* Sociológo. Analista político e ex militante do PCB nos anos de Chumbo da Ditadura Militar (1964-1985).

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