A CONFRARIA DOS POETAS LIVRES (1994)

 

FOTO MOSAICO: CONFRARIA DOS POETAS LIVRES. AUTOR: CUCUNACA, 2020.

Por: Confrate Mauro Bechman*


A CONFRARIA DOS POETAS LIVRES (1994)**

A Confraria dos Poetas Livres nasceu nos encontros entre alguns estudantes da Universidade do Amazonas, primeiramente na residência de Eisner Francisco Cunha (in memorian) na rua Visconde de Porto Alegre. Surgiu da necessidade de horizontalizar a poesia a todas as camadas da sociedade amazonense.

Nesse sentido, Mauro Bechman (Geografia), Raimundo Pontes Filho (Ciências Sociais), Michele Neves, Eisner Francisco Cunha (Geologia), Janiffer Araújo (Estatística), Jackson Douglas (Geologia), Sérgio Reis (Artes), Antônio Picanço (Ciências Sociais) e Ana Célia Ossame (Geografia) encontraram-se para discutir poesia sobre um novo prisma: o daquele dos poetas esquecidos e do subterrâneo da cidade.

A Confraria surge nesse fim de século, num momento em  que se repensam as estruturas vigentes da política, ciência, letras e artes. Neste cenário, a Confraria assume um ideário de mosaico, reflexo da paisagem urbana manauara e da espera de um novo tempo. Assim nesse “Caos” a poesia confrade vai do Romantismo Clássico ao extremo da poesia social conclamativa.

Para a Confraria a Poesia e a Arte representam a expressão máxima da condição humana, daí sua proposta no mínimo audaciosa de popularizar efetivamente a poesia e as artes, ou seja, tirar a poesia dos salões e coloca-las nos mercados, nas feiras, nas praças, nas escolas, nos varais...

No dia 1º de maio de 1994 temos a primeira reunião oficial da Confraria dos Poetas Livres e daí sucedem-se encontros fazendo da confraria uma verdadeira irmandade que vê na Poesia não uma forma de sublimação, mas uma necessidade insaciável de encontrar as pessoas, suas angústias e seus desafios.


Aqui está a Confraria dos Poetas Livres.

Estamos Presentes.


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* Conhecido pelo cannon dos Poetas da Inconstância, fugitivo da Ditadura de Fulgêncio Batista, chegado a Manaus, trabalhando como guarda da Cervejaria Miranda Corrêa, onde tornou-se mestre e marcador de Ciranda. Nunca se soube o paradeiro dele, desde que decidiu seguir os passos de Curupira.
** O texto é transcrito de 1994 e o breve histórico foi para a Confraria realizar a Exposição Varais de Poesia no Hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras ICHL/UFAM naquele mesmo ano.

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