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FOTO: M. BECHMAN. AUTOR: CUCUNACA, 2022 |
Por: Mauro Bechman*
A exposição sem precedentes que as pessoas que tem acesso a internet e aos seus produtos auxiliares, tem agravado algumas situações de saúde mental frágil.
Há aproximadamente quatro anos atrás, já não havia mais condições para um diálogo franco e sadio com muitas pessoas que estavam ao nosso redor, do simples e precarizado motorista de aplicativo ao colega professor universitário.
Isto, sobre os mais diversos temas e o mais agravante se tornava quando o assunto de pauta era política nacional.
Claro está, que pessoalmente sabíamos as razões para estes comportamentos deslocados da realidade e leituras eivadas de desvios intelectuais, quando não ausentes de lógica e ainda pseudo-intelectualizadas.
Há quatro anos, decidimos que seria bem melhor manter a lucidez. Chegamos ao ponto, decidindo reduzir a exposição as leituras que nos conduziam a extremismos, optando pelas nossas escolhas mais pessoais.
Ao assistir a decadência do país, desde de 2012, vimos o Navio do Estado Brasileiro, ser avariado diante dos olhos do mundo, também o chocar e o despertar dos ovos da serpente. Algumas pessoas próximas, em pânico diante da realidade, ainda se lamuriavam ou se chocavam com que estavam presenciando.
Vimos também pessoas "docinhos de côco" tornarem-se monstros. O anúncio para 2019 já não era bom veio a pandemia do sars cov-2. Dos extremos e do manequeísmo, decidimos pela lucidez ética.
Hoje, vemos os desdobramentos destes últimos 10 anos. A lucidez nos manteve vivos.
Mundos fantásticos, leituras fantasiosas, leituras sem leituras, razão irracional e a filosofia escurraçada pela mística das mentes. O mundo já não era mais intelegível.
Por isso, caríssimos e caríssimas, a lucidez salva vidas. Mantenha a lucidez.
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*Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas. UFAM
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