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A ENGENHARIA E A VOLTA DA ÉTICA

FOTO: COLAÇÃO DE GRAU UEA. ENGENHARIA NAVAL. AUTOR: CUCUNACA, 2024.

 Por: Mauro Bechman*

Ao longo de duas décadas, de 1990 a 2010, as matrizes curriculares dos Cursos superiores de graduação, especialmente as das áreas das ciências exatas e da Terra, chegando até às ciências sociais aplicadas como a Administração e as Ciências Contábeis, sofreram sensíveis mudanças.

Uma das mudanças cruciais fora a minimalização e banalização das ciências humanas já bem reduzidas a poucos componentes curriculares. 

Destes componentes, um dos mais afetados foram as disciplinas ligadas ao exercício intelectual do pensamento, como a Filosofia e a Ética.

Estas disciplinas foram acusadas de serem dispensáveis, afinal engenheiros e administradores são profissionais técnicos.

A resposta veio com o crescimento exponencial dos casos de corrupção nas organizações e projetos tanto privados quanto públicos. De 2010 a 2020 assistimos quase que a naturalização das ações de ilícitos por parte de gestores. 

Desse modo, não seria difícil estabelecer uma correlação entre a falta da Ética nas matrizes curriculares dos cursos de Engenharia e Ciências Sociais aplicadas e os noticiários.

Na segunda feira 22/04 às 18h30 a Universidade do Estado do Amazonas UEA, realizou a colação de grau para turmas de Engenharia Civil, Mecânica, Química, Meteorologia e Naval

Nos discursos e juramentos, o compromisso com o exercício profissional fundado na Ética e na responsabilidade social e ambiental.

Como um humanista, foi realmente gratificante ver a volta da ética no meio acadêmico e pautando o fazer e as posturas dos recém formados e jovens profissionais.

Isso renova sempre nossas esperanças de um mundo melhor e mais justo, capaz de promover e respeitar as vidas e os sonhos.

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*Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas UFAM 

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