O PROFISSIONAL

FOTO: BIBLIOTECA DO ANOTE. AUTOR: CUCUNACA, 2016.

A perspectiva de alguém que pretenda se tornar um profissional de sucesso e respeito passa inexoravelmente pela reflexão sobre a mudança de Atitude. Neste sentido, deve-se ater a algumas etapas importantes no processo de "fazer as coisas" que efetivamente atinjam as pessoas de forma positiva. Sobre este assunto, sabe-se que existe uma literatura rica e cada vez mais aberta a contribuição por situações novas oriundas das experiências de vida na gestão responsável e experimental.

MUDANÇA DE ATITUDE: DO AMADOR AO PROFISSIONAL

Neste breve texto, pontuarei alguns aspectos sobre a passagem do espírito amador ao espírito profissional. Sob este aspecto poderíamos comentar sobre a mudança na postura que deve ter seu inicio a partir da própria denominação da pessoa. Imaginem claramente a diferença entre o pré-nome Mauro e o de Prof. Mauro. Pode-se concluir que aparentemente não há diferenças significativas pois o nome pessoal não passou por alterações. Mas num exame mais detalhado, pode-se inferir as grandes diferenças presentes no pré-nome aqui representado na grafia por "Prof.". Dessa forma, podemos dizer que o pré-nome, deve para o profissional representar uma perspectiva de mudança quanto a sua postura e o conteúdo que traz consigo, uma vez que evoca a competência construída ao longo de uma carreira cujo inicio reporta aos primeiros anos na escola, passando pelos cursos regulares, outros tantos mini cursos diversos de aperfeiçoamento, chegando aos mestrados e doutorados. Deste modo,o pré-nome "Prof", encerra uma postura profissional, cujo somatório de conhecimentos e saberes, lhe outorgam a nobre missão de educar e produzir conhecimentos novos. Então, a mudança na postura, passa sobretudo pelo respeito devido ao profissional que deixou de ser apenas mais um "Mauro" na lista telefônica. Somado a isto, há neste pré-nome, não apenas a titulação acadêmica e o acúmulo de experiências, mas também uma MÍSTICA que acrescenta a magia do ato do exercício profissional que nos dias atuais responde por uma perda da "aura do mestre" - como sendo aquele que ensina o caminho - e, conseqüentemente con correndo para uma "coisificação" do professor, agora banalizado e tratado nem mais como pessoa mas como "coisa". Nossa preocupação reside aí exatamente,onde o professor perde a sua aura de mestre, perdendo por conseguinte, sua magia, seu respeito e sua profissão. Face a isto, os professores e professoras tem neste momento um papel importante para consigo próprios, tomar uma nova atitude no sentido de sua re-humanização e re-profissionalização. Daí falar claramente, num profissional e não numa coisa. Aliás, o educador Paulo Freire, já havia alertado para isto no livro: "Professora Sim, Titia Não!". Do amador, que nunca se perca o AMOR, pois é ele que move o bom PROFISSIONAL.

MUDANÇA DE ATITUDE: FAZER AS COISAS

Um profissional não pode fazer as coisas a partir da simples justificativa de que não se tenha os meios. Aliás, alguns "profissionais" ainda acreditam que as instituições devem lhes dar todas as condições materiais possíveis e impossíveis para a sua atividade. Uma vez, numa escola em que trabalhei, ouvi a seguinte frase: "Quem não procura como fazer, procura como justificar o não feito sempre". Fiquei preocupado com esta colocação, numa forma de que teríamos que nos municiar de todos os equipamentos necessários ao exercício de nossa profissão a partir de nossos próprios salários. Os colegas de orientação classista eram radicalmente contra esta propositura neoliberal. Como pessoa militante "pela profissão" e não por partidos políticos, comecei a ver outros profissionais e seus comportamentos. Após minhas observações, cheguei a conclusão de que médicos possuem suas maletas, advogados também, arquitetos e engenheiros seus capacetes e equipamentos pessoais... mas os professores. Hoje penso que a postura profissional passa por uma mudança de atitude com relação sim, ao seu material de trabalho, em que fazer as coisas dependam do empreendimento do profissional e não das instituições. Não quero aqui desobrigá-las a dar as condições de trabalho, quero apenas ratificar que devemos mudar nossa postura profissional para que fazer as coisas atinjam as pessoas de forma positiva e nossa profissão seja respeitada e recomendada para outras instituições e para que sobretudo, o nosso trabalho seja referendado pelo pelos nossos alunos, como futuros profissionais. Aliás, o mundo de hoje precisa de profissionais que sejam obstinados por soluções, porque é neste objetivo que se pode melhorar o mundo.
Aliás, neste momento, estamos conscientes e a sociedade também que quem faz as instituições são os profissionais que nela atuam, é na competência deles que reside o capital mais precioso, o conhecimento, mas que para ser um profissional de sucesso ele necessita fazer as coisas...acontecerem.

MUDANÇA DE ATITUDE: ATINGIR AS PESSOAS POSITIVAMENTE

Atingir as pessoas positivamente, requer um preparo profissional que envolva um trabalho de apreendizado constante (a atualização profissional)o conhecimento de meios e métodos que dêem segurança aos que recebem a informação e os provoque com "certezas temporárias" para que o conhecimento seja um legado de perguntas e descobertas e para que o ciclo da vida mantenha sua dinâmica. Atingir as pessoas positivamente é repercutir o nome do profissional e os problemas por ele propostos, o que a esta altura deve ocorrer para além dos muros da sala de aula. Repercutir está em ter seu trabalho revelado e reconhecido por todos. É um serviço público do profissional para com a sociedade.

PENSE NISTO!

2 comentários:

  1. Concordo plenamente com que você escreveu sobre a postura do profissional, porém é uma pena que temos e vemos profissionais maus formados, pois quando em sua fase de graduando ele não deu tudo de si para que se tornasse um grande profissional este por sua vez terá grandes dificuldades! Por outro lado penso que também as Instituições tem que cobrar aquilo que lhes foi dado como base metodológica, lógico com todo corpo docente, é claro.

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  2. O grande complicador nesta postura é que instituições de ensino quando mal intencionadas colocam tudo sob a responsabilidade do professor profissional, isentando-se de sua tarefa primeira, a de dotar o aparelho educacional de condições materiais suficientes ao trabalho docente. Quanto a Metodologia, já é um trabalho de construção permanente e de grande inovação que os gestores precisam estar mais atentos para não melindrar bons profissionais antenados ao tempo presente.

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