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RIO + 20 - AMAZONAS

Foto: Teatro Amazonas. Autor: Geóg. M. Bechman, 2011.

Em junho próximo, de 13 a 22 estará ocorrendo na cidade do Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, denominada popularmente de Rio + 20, cujo objetivo central está assentado na possibilidade de um reexame dos compromissos políticos das nações nos 20 últimos anos da ocorrência da Eco 92 ou Rio 92, no que diz respeito aos progressos e lacunas presentes nas conferências temáticas anteriores, bem como, definir uma agenda ambiental para as próximas décadas.

Na Conferência de 2012, a preocupação maior ficará por conta dos temas centrais ligados a economia verde e da consolidação de uma estrutura institucional para assegurar o desenvolvimento sustentável. A partir daí, os debates aquecerão sobre a sustentabilidade, a inclusão social e sobretudo, as possibilidades de acordos e ratificações de protocolos e tratados sobre o desenvolvimento, além claro, a definição da mudança, ou melhor, da variância do eixo ambiental (técnico-científico) para o eixo social e agora empresarial. Assim, tornando a questão ambiental uma questão cada vez mais presente no meio social e neste século 21  e ditando algumas regras para a construção de um novo mercado, o mercado verde.

A despeito, dos avanços e do ambiente de euforia deste Brasil, parte dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e dos eventos globais como a Copa do Mundo de Futebol e as Olímpiadas, o Brasil, ainda carece de uma sólida coesão no que diz respeito a questão ambiental. Não discorro sobre a ausência de leis, mas a não aplicação delas e também a falta de participação dos atores envolvidos diretamente nas questões tanto nacionais quanto mundiais. Neste sentido, muito particularmente chamaria a atenção do Estado do Amazonas enquanto ente federativo, que por sua natureza geograficamente magestosa e central nas pretenções de ações pró-ativas sobre o desenvolvimento sustentável da Amazônia, ainda não fervilha em suas instituições públicas e ou privadas, as preocupações correlacionadas a agenda da RIO + 20.

Os setores empresariais e comerciais ainda não se reconhecem enquanto partícipes da cena principal, pois não vemos a mobilização destas instituições no fazer ambiental e na vontade moral de mostrar-se presente. Não há seminários, palestras e ou eventos desta natureza que perfaçam o papel pedagógico para a educação ambiental de nossa população, entendam-se aqui, colaboradores, consumidores e empreendedores da Amazônia e do Amazonas. Não há movimentação no maior estado em extensão territorial do Brasil e seus personagens podem passar desapercebidos em meio a água, a floresta e o gigantismo amazônico e servir apenas de adorno indesejado no seio da Amazônia brasileira por ocasião da Conferência.

Neste evento, a Amazônia será ponto de pauta obrigatória e a ausência de nossas instituições causará uma série de consequências para o futuro do Estado e da Amazônia, além do que, algumas diretrizes afetarão a vida nativa nos mais distantes rincões amazônicos. Se não houver a nossa voz, certamente seremos tomados como inexistentes e desta forma, um gigantesco "Espaço Vazio", sem vida inteligente, jazendo à margem da história novamente, sem poder de opinião e decisão sobre os nossos próprios destinos.

A RIO + 20 será uma oportunidade para a região amazônica fazer-se presente, de corpo e inteligência, com suas instituições públicas e privadas em busca de afirmar ao mundo o destino que desejamos para nós e nossos filhos. Caso contrário, ficaremos esperando, como a elite socioeconomica que após o auge e a decadência do Ciclo da Borracha, a "ajuda" e os ditames do governo federal e agora também do poder global, decidirem sobre o lugar e os destinos de milhões de amazônidas espalhados nesta espetacular sociodiversidade amazônica.

Não façamos da RIO + 20 uma RIO + 19, sem a Amazônia e suas instituições, sem a Amazônia e suas vozes, sem o Amazonas e sua gente!


Saudações Ambientais!

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