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1° DE MAIO NA AMAZÔNIA

Foto: Lousa, instrumento de trabalho dos educadores.
Autor: Geóg. M. Bechkman, 2011.

No dia 1° de Maio de 1886 nasceu o Dia do Trabalhador. Em Chicago nos Estados Unidos, uma gigantesca manifestação grevista em defesa da jornada de oito (08) horas de trabalho e pela proteção das mulheres e das crianças. Vários trabalhadores foram mortos na repressão ao movimento liderado por operários anarquistas havendo protestos pelo mundo inteiro, a ponto do Dia 1° de Maio ser considerado o DIA INTERNACIONAL DO TRABALHO.

Desse modo, os trabalhadores no mundo todo, menos nos Estados Unidos, rememoram as lutas em busca de direitos a uma vida melhor no Dia 1° de Maio. A concentração da riqueza produzida pela grande massa laboriosa e as injustiças na reprodução e apropriação dos bens produzidos pela coletividade, norteiam as ações políticas nos eventos sobre o Dia do Trabalhador.

As grandes greves no Brasil dos anos 1980 são as imagens mais presentes em minha memória. E, no final da década, testemunhamos em Manaus, uma das greves mais importantes da história dos trabalhadores amazonenses. A greve dos Professores, ainda povoa a mente de muitos mestres que vivenciaram a chamada "Batalha do Igarapé de Manaus" onde professores da rede pública em greve, foram encurralados pela policia militar do Estado sendo duramente reprimidos, além da Greve de Fome de alguns diretores do Sindicato dos Professores que refugiaram-se na Igreja de São José Operário, aliás - gostaria de ressaltar nestas palavras, o importante papel da Igreja Católica em Manaus, que garantiu muitas das assembleias de trabalhadores, principalmente de professores e metalúrgicos. Tempos difíceis.

Ainda espero, publicações lúcidas sobre este momento, para que a história testemunhe e lembre que nunca mais podemos repeti-la.

Lamentavelmente, em pleno século 21, ainda convivemos com o trabalho escravo, o subemprego e a própria pracarização do trabalho em todos os níveis do trabalho. Mesmo nos grandes centros urbanos, imigrantes são escravizados em atividades e jornadas de trabalho próximas ás dos séculos do início das primeiras fábricas. Crianças recrutadas e submetidas a uma rotina de trabalho nas ruas que as tira o direito à educação, à infância e a um futuro digno, além da sobrecarga de trabalho nos níveis gerenciais que comprometem a saúde física e mental de administradores e gestores do processo produtivo e, ainda os trabalhadores e trabalhadoras sujeitas ao assédio moral nas rotinas de trabalho. Este quadro diagnóstico das condições e da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras permitiram o aparecimento de doenças novas como as lesões por efeito repetitivo - LER, o stresses, as síndromes do pânico e os distúrbios da ansiedade.

No Amazonas, ainda temos uma indústria que mutila e invalida operários, em algumas áreas rurais, regimes de escravidão imperam, em que religisosos e trabalhadores são ameaçados de morte em nome de um desenvolvimento que como nos remete Celso Furtado não passa de um mito, pela impossibilidade de equidade e igualdade na distribuição da riqueza.  

Salve o 1° de Maio Dia Internacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras!

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2 Comentários

  1. Ola Professor, conheça esse blog, tem materias do seu interesse:
    http://rogeliocasado.blogspot.com.br/2012/05/cartografia-da-resistencia-riberinha-o.html

    O Leão está fingindo que está morto...

    Saudações Geológicas

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    Respostas
    1. Obrigado pelo comentário e pela dica. Acessarei sim. Continue sempre na luta que não cessa pela Amazônia e pelo seu Meio Ambiente! Saudações Geográficas.

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