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ENCHENTE DO AMAZONAS

Foto: Rio Negro. Porto da Manaus Moderna. Geóg. M. Bechman, 2012.
A enchente como a vazante são parte da diâmica dos Rios da Bacia Amazônica, tonificando e remodelando a paisagem há séculos. Neste processo natural de construção e reconstrução das paisagens, a sociedade amazônica combina e constróe sua identidade, gerando formas de adaptabilidade que passam a integrar o folclore, a cultura e gerando técnicas passadas por gerações.
Nos últimos dias, a enchente do Rio Amazonas, encheu os noticiários e comentários nas redes de comunicação, dada a emegência a substancial expressidade das imagens que retratam com lealdade a digna luta pela sobrevivência dos ribeirinhos, agora cada vez mais urbanos, ante a força do Imperador dos Rios - para ser fiel a feliz alcunha dada pelo geógrafo José Roselito Carmelo.

Foto: Passarela de sacos de areia na Rua dos Barés. Centro.
Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.
Se por um lado, a população ribeirinha desdobra-se em adaptar-se á este momento do universo das águas na Amazônia e no Amazonas, por outro, as instituições parecem ainda enfrentar esta questão da espacialidade do mesmo modo que enfrenta há anos, contando com a ajuda de instituições paralelas ao Estado, como a igreja católica e das próprias populações vitimas e, esta, já acostumada há anos de abandono de políticas públicas para os rios e para as várzeas amazônicas e amazonenses, enfrenta os "movimentos" do grande imperador dos rios, com a dignidade que garantiu sua existência nestes séculos.

Foto: Comerciantes observam a invasão das águas no Centro de Manaus.
 Autor: Geóg. M.Bechman, 2012.

No Amazonas, apesar de termos dois universos divegentes e complementares como o universo das águas e o das florestas, ainda não se tem um órgão específico do Estado que trate de forma científica, técnica e humana, este movimento de enchente/vazante dos rios. Para remediar o estado terceiriza o monitoramento da dinâmica dos rios para outras instituições sob a forma de parceria, mas que na verdade, esconde a ineficiência e a inexistência de setores no Estado em condições técnico e científica capazes de um enfrentamento qualificado destas questões amazônicas. Sobre o universo das águas, precisamos de um órgão multidisplinar capaz de responder ás complexidades deste momento.


Foto: Bomba de retirada de água. Mercado Manaus Moderna.
 Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.

Fora isto, há ainda, o desvirtuamento das missões institucionais de alguns órgãos estatais que passam a responder por questões que deveriam ser respondidas com devida propriedade por entes estatais direcionados e tecnica e financeiramente dotados de informações necessários ao serviço público de atendimento dos amazonenses de Tabatinga a Parintins ou de Boca do Acre a Barreirinha. Então, precisamos de um setor de águas que atenda á grandeza do Amazonas, com geólogos, hidrólogos, geógrafos, engenheiros, estatísticos e antropólogos que possam nos dar a ciência destas águas amazônicas.

Os "antigos" no interior do Amazonas rezam a Santo Antônio - pois de acordo com a Fé de algumas comunidades ribeirinhas, as águas começam a baixar com a chegada do dia do Santo Casamenterio - 13 de Junho - para que as águas começem a baixar, o Estado preocupado em que isso não repercuta nas próximas eleições e os nossos contemporâneos ficam assustados a comtemplar a possibilidade desta cheia do Rio Negro ultrapassar a de 2009. 

Foto: Homenagem ao Dia das Mães. Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.

Dedico esta postagem ás Mães Amazonenses ribeirinhas que pegam seus filhos e no aperto de suas casas invadidas pela água, imprensadas entre o teto e a maromba, levam seus filhos e idosos ao atendimento médico de emergência, ao mesmo tempo que vigiam suas crianças contra as picadas de insetos, aranhas, escorpiões e cobras que aparecem com a cheia dos rios. Como Deusas, estas mães jamais abandonam seus filhos, mesmo diante da força do imperador das águas. Por isso, talvez, o Nome Manaus tenha o feliz significado de Mãe dos Deuses!

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