O MUNDO CONTEMPORÂNEO EM 2013

Foto 01. Tapete persa. Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.

As minhas primeiras postagens neste blog estavam relacionadas ao Estado do Mundo, ou seja, as questões relacionadas aos grandes temas do mundo contemporâneo e, para ser fiel a nossa tradição o faremos com maior dedicação.

O Oriente Médio novamente será um importante cenário na geopolítica mundial neste ano que se inicia, seja pelo parto ainda não concluído de um novo estado nacional, o da Palestina, seja pelo quase onipresente cenário de crise político-religioso e militar. 

A queda do modelo geopolítico que opunha o Ocidente judaico-cristão ao Oriente próximo islâmico-hindú, com a adoção de uma nova estratégia do capitalismo global sob o comando dos Estados Unidos em apoiar sublevações na região implodindo regimes autoritários que ora eram aliados importantes e ou necessários por ocasião de uma guerra fria entre o capitalismo e o socialismo que ainda se apegam ao poder como verdadeiras monarquias. Como exemplos claros, a queda de Mubarak no Egito, de Muhamar Kadafi na Líbia e a sangrenta guerra civil na Síria e um momento de extrema fragilidade no Egito e em Israel que assiste atônito a coesão palestina sob o observar dos fatos pela Turquia, cuja leitura de mundo se aproxima da ótica ocidental ao mesmo tempo que ainda é sondada pelo nacionalismo extremado.

No Extremo Oriente, a recente crise entre o Japão e a China reacendeu a velha disputa imperialista pela região, com o detalhe que hoje, a China é a maior potência econômica do planeta e cuja burocracia de Estado ("Comunista"), alimenta uma coesão nacionalista internamente ao mesmo tempo que deseja colonizar o mundo pela economia que a cada dia se militariza frente a potência decadente. O Tibet segue em silêncio mas não pacificado.

A África negra continuará a se reconstruir após ser um palco militar da guerra fria que levou parte do continente a bancarrota. Após o levante tunisiano, os países ficarão mais sujeitos a reformas. Nota-se que a região vem se caracterizando por se constituem numa área de influência dos capitais chineses que ampliam sua atuação no continente. No sul do continente africano temos uma situação em plena gênese com a independência do Sudão do Sul de maioria cristã e o Sudão muçulmano envolvidos numa disputa territorial por jazidas de minérios e petróleo, tem merecido a atenção da Santa Sé.

A Europa ocidental viverá em 2013 o que vem ocorrendo desde a eclosão da crise na Grécia, a tendência dos países é voltar ao "Feudalismo Contemporâneo" erguendo barreiras aos produtos extrarregionais, bem como, restringindo o consumo. Este cenário tem voltado os países sob o foco da crise a voltarem sua atenção para suas ex-colônias e os países membros do grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Da mesma forma, que seja esperada uma "diáspora" de imigrantes europeus (Grécia, Itália, Espanha e Portugal) destas nações em crise para outros países.

Na América, os Estados Unidos ainda estarão dando as cartas, apesar da resistência dos governos da Venezuela, Equador e Bolívia. Agora, no Caribe estaremos a assistir a mais mudanças em Cuba, ainda um espelho de sucesso para outras nações da região. A Argentina, tem sido, um dos grandes fiascos nestes últimos 20 anos, seja pela perda da capacidade econômica e por uma influência política limitada, uma vez que o continente caminhou em direção a democracia de verniz socialista com o Brasil, Venezuela, Bolívia, Uruguai e o pioneiro Chile.

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