Após um ano espetacular como foi o de 2013, muitas elucidações e novas incógnitas nos surgem para o Ano de 2014 no plano internacional, seja nas suas configurações espacias, sociais, culturais e ambientais. Após o turbilhão de emoções e letargia ocorridos no ano passado, alguns cenários são importantes pontuar como evidências de cenários instáveis e perspectivas novas em substituição ás novíssimas configurações socioespaciais no Mundo.
Inicialmente, destacamos o protagonismo cerebral da Alemanha na Europa Ocidental pela grande capacidade empreendedora e pela influência política e econômica sobre a região em que mesmo adversários históricos sucumbem parcialmente ás orientações do governo de Angela Merkel como a Itália, a Espanha, a Grécia e ainda que com ressalvas, a França que busca um melhor posicionamento no cenário europeu e mundial. Ao que parece, deveremos assistir ainda a um belicismo francês focado principalmente sobre suas ex-colônias na África Negra além de seu alinhamento ao Estados Unidos em ações globais espinhosos como o caso da Síria sob guerra civil.
Na Europa de Leste, a Rússia agora cada vez mais poderosa em pleno Capitalismo reassume o protagonismo global buscando manter sua área de hinterlândia segura de uma influência das potências ocidentais e dos Estado Unidos. No caso das "Revoluções Coloridas" que conhecemos como "Revolução Hashtag" pelo caráter imediatista e evasivo, como as que estão em processo na Ucrânia, Tailândia, Turquia e Brasil, vem sendo apoiadas por instituições conservadoras globais e alguns governos pró-ocidente, apresentam-se como verdadeiro desafio para o Kremelin. A Rússia contudo, parece que deve rever alguns dos seus conceitos ainda ortodoxos de lhe dar com situações novas que não envolvam a resolução por via conflituosa. Isso de fato é um desafio para quem tem um passado imperial e secular.
Nas Américas, a influência dos Estados Unidos vem sendo revisitada por uma postura mais democrata, mesmo que o caso da Espionagem de Snowden, tenha engessado o esforço estadunidense de aproximação com o Brasil. Já o protagonismo brasileiro em superada uma fase de provação que ocorrerá em 2014, poderá grandemente influenciar os destinos e posições no cenário geopolítico global. Entretanto, há que notar que a derrocada da ALCA mostrou aos Estados Unidos que neste século suas relações com os países do continente não podem mais se dar a partir de suas letras doutrinárias baseadas em Monroe e Bush. Ao que parece, os Estados Unidos passarão a ver os países da América do Sul como parceiros, pelo menos é o que vem acenando o governo estadunidense.
A Ásia tem em seus protagonistas clássicos um cenário que desde a fundação de seus estados nacionais vem sendo balizadas pela desconfiança e competição geopolítica. Destacamos o papel da China com poder econômico e influência política em embate de palavras com o Japão que se insere no mapa na questão das ilhas e com a histórica xenofobia da península coreana.
No sul da Ásia, a Índia envolta em problemas domésticos de territorialidade e ainda sempre de sobre-aviso com vizinho Paquistão, parece desejar caminhar por uma direção mais interna e econômica.
Na África, assistiremos a repetição do que vimos no ano passado, com o avanço da influência francesa nas suas ex-colônias, ainda inconsolidadas mudanças em países que mudaram seus governos a partir de revoluções das flores como a Tunísia. No caso, do Sudão do Sul, a presença de Petróleo e os fundamentalismos religiosos, no caso de uma denominação cristã-protestante criada pelo ex-presidente dos Estados Unidos George Bush, vem gerando uma presença mais efetiva dos estadunidenses na região. África, instável e cada vez mais disputada por potências como Estados Unidos, China e França.
Agora, no Oriente Médio, o cenário parece de uma imprevisibilidade impressionante. Primeiro, a influência dos Estados Unidos na Turquia, Egito, Síria e sua aproximação com o Irã entorna o "caldo geopolítico" regional. Israel, sem o total apoio dos Estados Unidos e a Síria apoiada pela Rússia justaposto ao duro e difícil processo de independência da palestina constituem uma incógnita e qualquer análise, seria apenas mais um exercício de futurologia.
Para o ano que se inicia, o Mundo Contemporâneo será de fato um espaço geográfico de pleno dinamismo, seja pela criação, recriação e destruição de velhas e novíssimas territorialidades, seja pelo seu desafio mor, o de buscar a Paz entre as nações.
Saudações Amazônicas!
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