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MARIA NAS IGREJAS ORTODOXAS


FOTO-MOSAICO: ÍCONE MARIANO.
AUTOR: CUCUNACA, 2017.
Sem entrar em detalhes, há três grandes grupos de igrejas cristãs no mundo: a Católica, as ortodoxas e as protestantes. As igrejas ortodoxas partilham muitos elementos conosco. Estão presentes sobretudo no Oriente (Europa oriental e Ásia). Separaram-se da Igreja Católica no ano de 1054, devido a diferenças de cultura e de doutrina. Hoje, agrupam aproximadamente 250 milhões de fiéis.

Elas também professam a comunhão dos santos e cultivam uma grande devoção a Maria.Cultivam práticas devocionais marianas diferentes das dos ocidentais.No seu calendário litúrgico têm várias festas e solenidades marianas.

Os ortodoxos não possuem imagens de santos em forma de estátuas e sim, ícones, pinturas religiosas sobre a madeira que obedecem a técnicas e padrões definidos, transmitidos no correr de muitos séculos. Os ícones marianos não são retratos de Maria, e sim uma expressão simbólica e orante.Vale a pena conhecê-los, admirá-los e rezar com eles, como os ícones daquela que conduz Jesus, da mãe da ternura, de Maria Orante, da Mãe que amamenta, da Virgem do sinal,de Maria Rainha e da Mãe da Paixão (Conhecida no Ocidente como Nossa Senhora do Perpétuo Socorro). E também os ícones sobre Jesus, nos quais Maria está presente: anunciação, nascimento, visitas dos pastores e dos magos, apresentação no templo, bodas de Caná, morte na cruz, ascensão e Pentecostes.

As igrejas ortodoxas também professam os dogmas da Theotokos (Maria, mãe de Deus) e da Virgindade de Maria. Quanto à Imaculada Conceição,há diferenças. Creem que Maria foi concebida com o pecado original, como qualquer outro ser humano,  então purificada por Deus. Não aceitam enquanto dogma, a assunção. Mas professam que Maria já está glorificada junto a Deus. Há séculos têm a festa litúrgica da "Dormição de Maria".

O que aprendemos com os ortodoxos a respeito de Maria? Uma devoção fundada nas figuras e imagens bíblicas, a centralidade de Jesus, o lugar especial de Maria na comunhão dos santos, Maria como imagem realizada da comunidade cristã e as representações simbólicas, que nos abrem ao mistério infinito de Deus.

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Ir. Afonso Murad

FONTE: O DOMINGO. Semanário Litúrgico-Catequético. ANO LXXXV - REMESSA XV - 19-11-2017 - N.54.

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