FOTO/MONTAGEM. AUTOR: CUCUNACA, 2019. |
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NÚMERO 1: A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE (EUA, 1971) - WARNER BROS.
Direção: Mel Stuart
Autor: Roald Dahl
Roteiro: David Seltezer e Roald Dahl
Trilha Sonora: Anthony Newley e Leslie Bricusse
Genial forma de apresentar a Fábrica de Chocolates Wonka, onde vários temas são retratados sob o ideário da fantasia infantil. O reflexo da Educação sobre os personagens que não deixam de apresentar expressões e gestos de crianças mimadas, cujos pais alimentam seus desejos de consumo, egoísmo, mentira, teimosia sendo locupletada pela perda de valores inocentes por devaneios de consumo, vai sendo a tônica ao longo do filme. As letras miúdas, sempre presente nos produtos que buscam isentar as empresas por danos à saúde provocados pelos seus produtos. As paredes açucaradas, a sedução da fábrica presente no imaginário coletivo. As condições de trabalho e as instalações da Fábrica, expondo aos seus visitantes, longe da fantasia infantil, riscos e insegurança sugerindo a possibilidade de acidentes como são vistos no longa. Os trabalhadores, caracterizados como "lumpa-lumpas" não parecem anões, mas apenas de baixo estatura são trabalhadores que amam o chocolate e tem origem em regiões distantes da fábrica, talvez aqui, podemos intuir que de algum dos países subdesenvolvidos. Geralmente, a tônica do filme, discorre sobre a idéia do sonho e do real na fábrica. Nem sempre a vida é doce. Magnífico!
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NÚMERO 2: A FIRMA (EUA, 1993) - PARAMOUNT PICTURES
Direção e Produção: Sidney Pollak, Scott Rudim, Jonh Davis
Autor: John Grisham
Roteiro: John Grisham, Robert Towne, David Rabe, David Rayfiel
O competente advogado Mitch McDree (Tom Cruise) emprega-se em um pequeno escritório de advocacia. Repentinamente, sua vida e de sua esposa (Jeanne Tripplehorn) é transformada e o casal passa a gozar de uma excelente qualidade de vida, proporcionada pela Firma. Após descobrir o destino de excelentes advogados que passaram pela Firma e que esta se constituía numa máfia e era alvo de investigações, o advogado e sua família passam a serem perseguidos pela agência federal do governo e pela máfia da firma. Temas como corrupção nas empresas privadas, ilusão sobre prosperidade e sobre o poder das organizações sobre os indivíduos são presentes neste intrigante e intenso roteiro. Tudo que é sólido se desmancha no ar. Aplausos!
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NÚMERO 3: UMA LINDA MULHER (EUA - 1990) - TOUCHSTONE PICTURES
Direção: Garry Marshall
Música composta: Prince, James Newton Howard
Canções: Roxette e outras.
Uma das melhores comédias românticas do cinema estadunidense. O romance entre Edward (Richard Gere) e Vivian (Julia Roberts) embora seja o centro do filme, considerado por alguns como, A Cinderela dos Tempos Modernos, o longa de sucesso popular, mostra o capitalismo em sua forma crua e doce. Edward (Richard Gere) é um empresário egoísta e vive de comprar "empresas falidas" fatiá-las e vender elas para o mercado. Para isso, o galã vivido por Gere, enfraquece empresas da construção naval como a de Ralph Bellamy e suborna políticos e senadores para alcançar sucesso nos negócios. O início do filme é sensacional, com a chamada Hollywood Boulevard em que a prostituta Vivan trabalha e está próximo a um assassinato, denunciando assim o mundo real das ruas. Há também, a presença do preconceito de classe social na passagem de Vivian pelas lojas e no tratamento dado no Hotel que hospeda Edward, além dos conceitos de segregação socioespacial. Reveja e releia!
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NÚMERO 4: O DIABO VESTE PRADA (EUA 2005) FOX 2000 PICTURES
Direção: David Frankel
Canção original: Sudenlly I See
Música composta: Theodore Shapiro
Miranda Priestly [Meryl Streep] é a chefe tipo"tóxica" de uma revista de moda mundial que contracena com sua iniciante assistente Andy Sachs [Anne Hathaway]. A dureza da indústria da moda, que não trata da beleza espiritual, mas da beleza material, surge como cena principal onde pessoas são apenas usadas como recursos á produção da revista. Modelo de chefia inadequado, submete a empresa e as suas subordinadas a intenso assédio moral com humilhações e constrangimentos para vingar o velho estilo da chefe temida e de que o mais importante é o alcance das metas. A dureza da indústria que 'toca' o consumo e o consumismo mundo a fora. Mundo virtual e mundo real se chocam nas vidas da chefe e da assistente. Ilusão de sucesso, perda de vida social, desilusões, negociatas e muita pressão corporativa presentes neste maravilhoso longa. Adoro!
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NÚMERO 5:INIMIGO DO ESTADO (EUA 1998) - TOUCHSTONE PICTURES
Direção: Tony Scott
Roteiro: David Marconi
Gene Hackman, na pele de um ex-técnico da NSA é perseguido por deter vídeos confidencias de escândalos sexuais e políticos, tendo seus dados apagados dos sistemas informacionais. A dramaticidade aumenta quando as imagens comprometedoras caem em poder de Will Smith, um advogado promissor, que começa a sofrer perseguições por parte do Estado. O poder das invasões de privacidade em nome da segurança já envolvendo os direitos civis nos Estados Unidos, parecia antecipar o escândalo sobre espionagem internacional que abalaram os yankes a partir do site Wekleeks e do ativista Julian Assange. Ritmo intenso e claro reflexivo sobre o poder da Estado sobre os cidadãos. Ação!
AGORA! LUZ! ATENÇÃO E BOA SESSÃO!
3 Comentários
O que mais gostei no filme o diabo veste prada é a reflexão de que sempre temos escolha, o que nos remete ao art.5°da constituição que explana os direitos e a liberdade do ser humano.
ResponderExcluirUM dado importantíssimo, ainda nào havia observado. Parabéns pelo olhar clínico e agradecido nobre administradora.
ExcluirBoa seleção professor!
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