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| FOTO/ARTE: ADO. AUTOR: CUCUNACA, 2020. |
Robôs cuidam de doentes e idosos com mais de 100 anos.
Cidades estrelares e vazias, quase ruínas.
Parasitas e canalhas disputam os mercados humanos crentes no poder do dinheiro que se dilui no ar.
Nas ruas mendigos trajando verde, azul e branco, vendendo suas pepitas de ouro de tolo, rosnantes atacam freiras e andarilhos escarlates.
Chegamos a Era totalitária
e o que resta dos humanos são comunidades errantes no tempo-espaço.
Comemos sincréticos e sintéticos.
Pedimos a felicidade in Delivery
Nossas mãos não mais nos identificam
Apenas as paralelas meridianas com que fomos chipados.
Nossas mãos não mais nos identificam
Apenas as paralelas meridianas com que fomos chipados.
Falamos vários idiomas, mas não nos comunicamos.
Toda informação está mapeada
E drones são a polícia.
Somos todos de plástico e metal.
Seu ciclo de vida já está codificado e aplicativos são seus psiquiatras.
A única caverna ainda não conhecida pela espeleologia é a cabeça do ser humano.
Toda memória armazenada, menos a da cabeça.
Replicantes querem amor e amar.
A natureza híbrida de Milton Santos espiona as últimas tribos lúcidas.
Caçam poetas e as prostitutas aposentadas com suas cartelas de saúde em cápsulas.
Andróides pregam a Verdade a partir de suas insanidades.
Nas catacumbas da menina estuprada, alguém com as mãos sujas celebra a antropofagia da luz.
Os que se auto proclamam escolhidos escravizam toda forma de criação.
O homem do livro e da espada empreende a luta cuja maior glória é a herança da verdade assediado pelos inimigos do sopro que passeia pelo abismo.
2020 está começando.

Uma dura e crua realidade.
ResponderExcluirEste é e será o cenário nesse século. Não perca a Fé! Agradeço a presença e o comentário!
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