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| FOTO: JORNAL AMAZONAS EM TEMPO, S/D. 2001. AUTOR: CUCUNACA, 2021. |
Há exatos 20 anos, um atentado derrubou as chamadas Torres Gêmeas (World Trade Center) em Nova Iorque nos Estados Unidos. Ícones do capitalismo estadunidense e mundial, as torres e a cidade, representaram de fato um atentado a supremacia global dos estadunidenses na geopolítica internacional.
Naquele momento, a Geopolítica Mundial apresentava um mapa unipolar em que os Estados Unidos, superada a bipolaridade com a extinta União Soviética (URSS), liderava hegemonicamente como potência econômica e bélica.
A literatura e a produção científica sobre este tema já é robusta e o resgate historiográfico e memorial é importante a partir das narrativas periféricas e não hegemônicas.
Inevitavelmente, após 20 anos do fato, surge a velha pergunta: "Onde você estava no dia 11 de Setembro de 2001 por ocasião do atentado às Torres Gêmeas?". E, são muitas as respostas, desde evasivas às mais detalhistas.
No dia 11 de Setembro de 2001, estávamos lecionando Geografia para o ensino fundamental na Escola Estadual Djalma da Cunha Batista e após a volta da sala de aula para a sala dos professores, alguns colegas me relataram assustados que haviam atacado os Estados Unidos.
Curiosos, fomos à TV ligada na sala e apareciam as duas torres com fumaça em seus andares superiores. Imaginamos àquela altura que poderia ter sido um ataque da Rússia, que ainda possuía seu arsenal militar. Redondo engano. Aqueles dias, foram de apreensão, afinal não imaginávamos qual seria a resposta yankee.
A invasão e ocupação do Afeganistão veio como resposta dos Estados Unidos que segundo os serviços de inteligência, era base de treinamento para grupos terroristas como a Al-Qaeda além da rota de produção do ópio.
Guardamos durante 20 anos, um recorte do jornal Amazonas em Tempo em que a foto de capa vinha de protestos pacifistas dos jovens universitários estadunidenses das cidades de Chicago, Michigan e Berkeley dentre outras, contra a escalada militar.
E, após 20 anos desta triste e assustadora memória, com a retirada das tropas estadunidenses do Afeganistão, nos parece justo reconhecer que novamente os estudantes estavam com a razão quando foram às ruas pedir Paz.
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*Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas UFAM. Professor de Geografia do Ensino médio da Rede pública de Ensino.

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