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| IMAGEM MODIFICADA: BENTO XVI. AUTOR: FUNDAÇÃO RIOMAR. MANAUS, 2022. |
Por: Mauro Bechman*
Neste dia 31 de Dezembro, último dia do ano civil de 2022, o cristão Joseph Aloisius Ratzinger tem início a sua Páscoa eterna. Com o nome de Bento XVI foi papa da Santa Igreja Católica de 2005 a 2013 encerrando seu pontificado após a apresentação de renúncia.
A capacidade intelectual de Bento XVI admirável permitia-lhe a segurança para trafegar dos dogmas cristãos ao mundo secular. Nas catequeses com o Papa era comum assistirem pessoas de diversas orientações, credos religiosos, agnósticos e ateus.
Para Bento XVI, um dos maiores perigos para o mundo contempoâneo seriam, o materialismo, o relativismo e o ateísmo. Talvez tenha sido, um dos pontífices mais questionado pela mass media global. Seus posicionamentos diante das questões morais e de fé quase sempre eram abordados com um certo hiperdimensionamento.
Reabriu o escritório para a conversão dos judeus e no discurso de Ratisbona, em que afirma que não se pode converter alguém pela força da violência. Teoricamento foi demarcando o espaço do Cristianismo católico romano entre as grandes religões abraâmicas.
Bento XVI veio ao Brasil em 2007 e seu pontificado permitiu a ampliação da Comunicação Católica com a TV Aparecida, a TV Canção Nova além da canonização do primeiro Santo brasileiro, Frei Galvão. A renúncia de Bento XVI pode apontar alguns ensinamentos, visto que a Igreja Católica é uma das instituições mais longevas da História, estes são:
1. Nas organizações não há cargos vitalícios.
2. Sua renúncia, chamou a atenção do mundo inteiro, seja de nações cristãs e até atéias, tendo em vista que o próximo pontífice, deveria ter maior cuidado com a liturgia que cargo exige.
3. Em todas as organizações, sejam elas empresariais ou familiares, as crises fazem parte do processo de longividade e a Igreja Católica Romana se notabiliza por tantos séculos preservar a mesma missão, diante das tempestades que a Barca de Pedro beira o naufrágio e onde o Senhor acalma e a direciona a bom bordo.
Em nossa perspectiva, um dos episódios mais marcantes foi o dia em que Bento XVI deixa Roma e recolhe-se à Casa Santa Marta. Para um cristão católico educado nesta fé, foi como voltar aos antigos ensinamentos da igreja doméstica. Ao fechar a porta, sentimos uma grande tristeza, como se as forças do mal estivessem soltas e o Homem sem ter a quem pedir ajuda.
Agora em sua Páscoa, descanse no Senhor Papa Bento XVI.
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*Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas. UFAM
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