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MEIO AMBIENTE SEM MEIO AMBIENTE


Foto: Livros em desordem. Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.

Falar e se autopromover usando o Meio Ambiente tem sido a tônica nos discursos de muitos pseudo-intelectuais. De repente todo mundo virou defensor do Meio Ambiente e alguns pseudo-intelectuais se dizem até os maiores conhecedores sobre o assunto do momento. Se por um lado, a banalização das questões ambientais tem sido no seio da consciência coletiva, um importante fato, por outro lado, este espaço temático tem sido alvo daqueles profissionais que de uma hora pra outra abandonam suas hastes e migram para um tema que pouco conhecem e cujas fontes de dados não asseguram uma informação consubstanciada e nem científica, mas que apresenta um mercado crescente.

No Amazonas, das 18 instituições de ensino superior existentes desde faculdades a universidades, poucos são os cursos estreitamente relacionados ao meio ambiente o que torna-se lamentável, uma vez que, os principios tão aventados pelo desenvolvimento sustentável não são na prática levados á sério pelas instituições de ensino superior. Nas instituições que há uma preocupação clássica, o papel aos departamentos e coordenações de ensino e pesquisa, ficam no plano secundário e desprestigiado pelas diretorias estratégicas e consequentemente pela própria sociedade. Lamentavelmente a formação de nossa eleite intelectual e científica fica prejudicada, tendo em vista a natureza e a cultura da Amazônia. A Amazônia e o Amazonas parecem que dormem diante da história, observando passivamente as grandes decisões sobre seu futuro serem tomadas por pessoas alheias aos interesses daqueles que vivem e convivem na região. Lamentavelemnte observamos o fato de que ainda não conseguimos construir num processo democrático legítimo uma elite politica capaz técnica, científica e politicamente de representar com altivez, esta exuberante e estratégica região, que no Brasil vem sempre sendo vista como objeto e não como sujeito de seu destino.

Na Rio+20, o Amazonas fechou parceiras com empresas de fora da região (não que estas empresas não tenham competência), e não capitalizou sua sociedade ficando á merce de uma leitura externa sobre sobre seus eventos e comportamentos. Na prática, um descrédito à capacidade intelectual de sua elite já limitada e, ao fazer esta opção, expõe de forma clara que as nossas instituições de ensino superior não preparam os amazonenses e nem amazônidas para herdarem este espaço. Pouco repercutida, nossa participação pífia, cheira a feira de ciências e não a uma Amazônia capaz de se inserir no debate politico internacional como atriz pricincipal e portadora de muitas soluções para as demandas da humanidade.

Sem instituições de ensino superior comprometidas de fato com o meio ambiente - não estou falando de disciplinas nas matrizes curriculares para simples atendimento de uma conjuntura, mas da presença de cursos realmente focados na questão ambiental e socioambiental, com profissionais, educadores e empreendedores capazes de promover a educação ambiental e soluções inovadoras para esta nova alvorada do conhecimento que se anuncia e para qual o Amazonas precisa despertar. Faça sua pesquisa, quantos cursos de ensino superior voltados á questão ambiental estão nas instituições de ensino superior no Amazonas? Você verá que ainda não aprendemos com o Declinio da Borracha, onde nossa elite realizava eventos com competência e dedicação e cujo investimento não significou nada diante do desconhecimento científico da seringueira, levando a região ao silêncio  e ao ostracismo de décadas e ao sombreamento do nosso pensamento científico e intelectual.

Saudações Ambientais!

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2 Comentários

  1. Muito boa reflexao, vivemos dentro de um dos maiores bioma do planeta e ainda não se alcançou o amadurecimento para que possamos ter uma relação harmônica com o mesmo. Paulo Hebert

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  2. Obrigado pela presença professor! Saudações Amazônicas!

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