Do passado perfeito, a rosa aparece, de novo forte, alegre, amiga. Os anos passaram já não temos o mesmo vigor. Mas a voz continua vívida e o sorriso, uma gargalhada verdadeiramente gostosa.
Esse passado bom, bem passado e parece que hoje só foi filé mignon nos faz lembrar que temos amigas e amigos e ainda coisas a fechar. A rosa sempre lembra dos bons ventos, dos bons sons e também de alguns espinhos que nunca serão como as rosas.
Papo vai papo vem e você no jogo de xadrez da amizade bela, vai e me coloca em cheque. Fico sem saída, mas diante de você eu me permito isso. E me permito mais, os seus toques e a leveza de seus gestos espontâneos de ser dona de meus apetrechos, vai pegando sem cerimônia e permissão. Nem esboço reação, sei que você é amiga e não temos mais idades para nos reprimir. Somos muito amigos e o tempo não foi capaz de devorar.
Conosco não há café, há o lanche apenas tardiamente partilhado e uma inocente forma de nos sentir jovens outra vez. Não há malícia e nem maldade entre nós, mas apenas pequenos projetos e sonhos que desejamos partilhar. Na despedida, reforçamos o carinho e alimentamos a vontade de outras vezes nos lembrar que somos jovens e insistimos em sonhar.
Gentleman.
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