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JULHO VESTIDO DE PRIMAVERA EM MANAUS

FOTO: PROF.ME. MAURO BECHMAN, 2020.


Por: Mauro Jeusy Vieira Bechman*


E se vai o mês de Julho.

Neste mês que finda, a esperança veio em três vacinas possíveis para o enfrentamento da Pandemia que maltrata a humanidade, uma chinesa, uma russa e outra britânica.

Nas regiões mais frias do Brasil, a pandemia avança. Na quente Manaus, os dados recuam (mesmo aqui, há desconfiança característica do amazonense) enquanto nossos irmãos e irmãs no interior do majestoso Amazonas seguem numa via crucis, sem hospital, sem vacinas e sem registros confiáveis.

Na capital da Amazônia, a loucura do novo normal, com sua velha forma de ser, tira a máscara. Pessoas saem às ruas e transformam as máscaras em acessórios mais voltados à vaidade que a necessidade de auto cuidado. Nos parece até que se quer driblar o vírus, como se isso fosse possível.

Gente nas ruas e no sufoco dos transportes coletivos urbanos perigosamente bailam diante da necessidade de consumir como seu "ritual de vida". Ledo engano, a vida é muito maior. Fala-se em voltar às aulas da rede pública, sem vacinas asseguradas para todos, sem consenso médico, sem áreas no planeta que ostentem o selo "Covid Free". E a vida vai bailando arriscadamente em meio à ignorância e esperteza dos que "acham que sua opinião é ciência". 

Noutro plano, os ventos mudam a direção. Em julho, das quatro direções ficou a de pedras em paralelepípedo. Talvez seja o maior sinal da mudança de estação na vida do observador de pássaros, quem sabe uma espécie de primavera inesperada também.

Ainda não há primavera, mas Julho já se vestiu.

Valeu Julho.

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* Mestre em Sociedade e Cultura pela Universidade do Amazonas. UFAM.

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3 Comentários

  1. Professor Mauro é cultura, parabéns pelas informações importantes que sempre nos manda.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Agradeço a presença jovem. Que possamos não perder a Lucidez e a humanidade. Saudações Socioambientais!

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