SIRROSE E OUTRAS GOTAS DE LITERATURA SUBTERRÂNEA EM MANAUS


FOTO: SIRROSE REVISTA. MANAUS.
AUTOR: CUCUNACA, 2021.


Por: Mauro Bechman*

Durante muito tempo morei no Centro Histórico de Manaus, dali sempre muitas memórias.

Nas andanças pelas ruas, becos e avenidas, entre as árvores, bares, praças e outros espaços, conheci alguns intelectuais, artistas, poetas e cronistas urbanos.

Dentre estes personagens, reencontrei amigos como o filósofo Max Caracol que me apresentou a Revista SIRROSE. Um publicação artesanal de poetas, artistas e cronistas da cidade dos tiranos. Expressões dos atores subalternos da cidade que nos provocam a exercer a humanidade numa cidade que parece que sucumbiu à linha de produção da zona Franca de Manaus.

FOTO/MONTAGEM: REVISTAS.
AUTOR: CUCUNACA, 2021.


Durante a manifestação do #29M reencontrei amigos e antigos companheiros de outras jornadas. E ao reencontrar Max, ele aproveitou e aparentou o seu amigo Marcos Ney, um dos editores da SIRROSE que prontamente me apresentou sua última obra, o texto "Sindicato dos Pés Inchados" que prometo ler com todo prazer assim como fazia com a Sirrose.

A literatura social que a margem das grandes editoras se realiza e a sua existência e insistência já são por si, uma forma de resistência às hegemonias e mesmo em gotas, nos alimentam humanizando e nos esperançando de um novo que sempre estar por vir.

Um forte abraço ao Max Caracol, ao Marcos Ney e aos que fazem a cidade de Manaus sair do caos.


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*Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas UFAM.


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