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| FOTO: PROF.ME. M. BECHMAN. AUTOR: CUCUNACA, 2021. |
Por: Mauro Bechman*
E estamos diante de um Novo Retorno ao Velho Normal. Voltamos a normalidade do velho caos. Trânsito, pessoas e não pessoas pelas ruas de velha urbe, ainda a ser descoberta. A cidade dos Tiranos.
Nas escolas, muitos pais felizes pelo retorno torto às aulas. Não importa se faltam poucos meses para fechar o ano letivo que não começa desde 2019 e também se os filhos vão ser expostos não somente aos velhos problemas de um convívio em grupos ou dificuldades reais de aprendizagem, mas também, a um flagelo da humanidade, chamado Sars cov-2.
O importante é que estes adolescentes e jovens lhes darão um sossego, pois é dificílimo para algumas gerações de pais e mães educarem seus filhos em casa.
Aliás, em muitíssimos casos, são os avós que no limite de suas forças sobrepõem-se o papel de pais por mais de uma vez, antes com os filhos e agora com os netos.
Na sala dos professores, não há o silêncio dos inocentes, mas o dos culpados. Afinal, fica difícil de justificar as perdas que superaram a Guerra da Síria em mais de 10 anos de combates.
Alguns, com a saúde comprometida devido os rastros de destruição que a Pandemia deixou. Outros, atônitos observam no que se tornou a realidade. E ambos coabitam na mesma Corda Bamba, donde cerca de 400 já caíram.
Na sala de aula, a alegria inocente dos jovens. Necessidade do toque, pois nessa etapa da vida, tudo se explora, os espaços, as sensações e o tato. Havia a dificuldade de se aprender em grupos menores, mas em grupos amontoados de 45, cremos que a dificuldade realmente faz a diferença.
Entre eles, as velhas relações, o grupo dos espertos que nas multidões oprimem os mais dóceis e tentam constranger os mais inteligentes e lideranças empáticas ao lado dos que veêm a Educação com verdadeiramente um Valor. E, neste cenário, a quantidade de almas no espaço, limita os mestres na intercessão pelos que mais precisam da Escola.
Mas, este é o retorno tão desejado, o velho normal
Na verdade, mais um Novo retorno ao que Era.
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*Professor do ensino regular público desde 1998. Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia.

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