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| FOTO: M. BECHMAN. AUTOR: CUCUNACA 2021. |
Por: Mauro Bechman*
Quando trabalhamos com público, vem a eterna nossa preocupação em alcançar os objetivos propostos, conhecer e agradar a nossa audiência.
Já me apresentei para variados públicos seja no formato presencial ou on-line. Certa vez, houve um programa de bolsas de estudo numa das faculdades que trabalhava.
O programa oferecia bolsas para quem quisesse cursar uma graduação. O público era complexo, alguns candidatos vindos de cursos que não formaram turmas, outros de cursos que eram segunda opção e outros ainda pelo preço e acesso.
Então, a administradora do prédio preparou as sala com data show, ar condicionado e higiene. Ela, me informou que havia um candidato, veja só, apenas um candidato ao curso que trabalhava.
No caminho para a sala de aula, fiquei pensando e ela claro, com aquela vontade de me dizer: desista, não vale a pena ou coisas desse gênero.
Então, levei meu material e fiz o meu melhor. Apresentei o curso de forma empolgada, dinâmica, os ganhos que o candidato teria se optassem por cursar está profissão, o mercado de trabalho e outros ganhos adicionais. Tudo isso, para um único candidato!
Ao término da minha apresentação, já arrumando meus materiais, disse a ele: espero que você escolha o meu curso. E ele, sorrindo, sentado ainda na carteira, falou: Sim. Eu já ia fazer o curso, mas a sua palestra só reforçou. Eu falei que bom que ajudei e nos despedimos até o encontro na rotina acadêmica.
Talvez, tivesse seguido, as insinuações da administradora, a minha empáfia, ora é apenas um candidato, e não me importaria com a apresentação, talvez até nem me importaria em apresentar. Afinal era só um candidato.
Neste episódio, creio que muito aprendi. Aprendi a não dar muita atenção aos que desdenham e nos desencorajam. E, sobretudo, que nunca podemos menosprezar nosso potencial. Temos que fazer o melhor para o que nos propomos a fazer. E isso, chama excelência.
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*Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas UFAM.
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