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ARBORIZAÇÃO DOS CEMITÉRIOS EM MANAUS E O FIM DOS JARDINS

FOTO: PLANTA.
AUTOR: CUCUNACA, 2020.

Por: Mauro Bechman*

Neste último dia 02 de Novembro, estivemos refazendo o ritual da saudade, visitando o cemitério São João Batista para reverenciar a memória dos santos defuntos.

Duas coisas aleatórias ao nosso objetivo da homenagem à memória aos queridos que já se encontram na Páscoa do Senhor, a primeira delas foi a colocação de placas ao longo da entrada central indicando as sepulturas de ilustres que de alguma forma em vida contribuíram para a história e cultura do Amazonas, a segunda coisa, foi a ausência de uma arborização nas quadras, o que tornou nesta extensa estiagem do ano em Manaus, um ambiente mais quente que em anos anteriores. 

Ao que parece, mesmo pelo segundo ano chamamos atenção da ausência de espécies arbóreas no cemitério e este ano, sob intenso calor quente do sol e acrescido com a fumaça das queimadas criminosas, não fomos ouvidos.

A falta de sensibilidade socioambiental dos administradores públicos se coaduna com a falta de noção sob o microclima urbano de Manaus. Aos poucos, a cidade dos fiéis defuntos vai se tornando a cidade de pedra, áspera e sem o consolo das árvores e arbustos de outrora.

Manaus é desde a década de 1990 considerada uma Ilha de Calor pelos climatólogos, meterologistas e geógrafos e um jardim sempre faz falta numa cidade que a cada dia se desumaniza e se desnaturaliza.

Árvores para Manaus.


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*Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas UFAM (1909).

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