Foto: Mesa Diretora do Plano Diretor de Manaus.
Audiência Pública na Zona Centro-Sul. Autor: Geóg. M. Bechman, 2011.
Acompanhando a programação da Prefeitura de Manaus para a revisão do Plano diretor da Cidade, estivemos como ouvintes na audiência pública no dia 31.08.2011 no Auditório Gilberto Mendes de Azevedo - FIEAM Centro de Manaus.
Um público pequeno compareceu a consulta popular para o andamento da metodologia de trabalho da equipe que proporá o novo ordenamento da cidade. Nesta fase, superada a fase diagnóstica, o público poderia sugerir e potencializar ações para a composição do documento final.
Foto: Auditório da Fieam na Audiência Pública sobre o
Plano Diretor de Manaus. Centro. Autor: Geóg. M. Bechman, 2011.
Feita uma breve apresentação dos bairros envolvidos na Zona Centro-Sul da Cidade, fora aberta a audiência aos presentes em que tiveram a oportunidade de formular questões e incluir proposições. A baixa participação popular num processo tão importante como a revisão do plano diretor ás vesperas de uma copa do mundo surpreendeu.
As discussões ficaram acirradas quando membros dos movimentos sociais cobravam pelos mapas e dados referentes ao diagnóstico, que segundo eles, não haviam sido apresentados plenamente nas fases anteriores e que por isso, uma parte propositiva seria inviável. Com energia, a presidência da mesa informou que as fases já haviam sido superadas e que precisariam avançar nas propostas.
Foto: Demolição de residências em áreas de riscos urbanas. Foto: S. Soares, 2011.
O coletivo de Petropolis, força ligada ao PT esteve presente em grande número e apresentou importantes destaques como a necessidade de acesso público á orla do rio negro e a arborização da zona centro sul, tendo em vista, o rigor do microclima do lugar.
Na prática, precisamos estar comprometidos com a Nossa cidade de Manaus. Lamentavelmente, o órgão condutor do processo, parece não ter esclarecido a partir de dados sistemáticos (mapas, tabelas, gráficos) a audiência e isto não deveria ser o papel do estado visto que impede a leitura do direito á cidade que todos os seus cidadãos devem ter numa democracia.
Foto: Orla da Ponta Negra. Verticalização e auto-segregação urbanas.
Autor: Geóg. M. Bechman, 2009.
De outro modo, a sociedade deveria estar mais envolvida nas discussões e sair do plano das idéias e suposições, pois ali naquele instante estará sendo traçada a nossa e muitas vidas no espaço urbano e se realmente desejamos viver melhor pelos próximos dez anos, devemos ter o compromisso para com a cidade em que nós moramos, pois Manaus merece este respeito por nos acolher e nos possibilitar viver e sonhar.
A reforma urbana foi tocada, tendo em vista os prédios abandonados no centro de Manaus, que com seu abandono, vem dando lugar a marginalizados, sendo reinvidicado o interese social na ocupação destes espaços.
Foto: Estrada ligando Aleixo á Cidade Nova. Foto: Geóg. M. Bechman, 2008.
O Estado precisa revelar que efetivamente deseja uma construção coletiva para o futuro da cidade e não é suprimindo informações que irá empreender um trabalho vitorioso. Tal postura fará com que no fuituro assim como no presente, soframos todos com um trânsito infernal, violência urbana, saúde humana e ambiental comprometidas, independente das classes sociais que vivam e ou escolheram Manaus para viver.
Não podemos pensar Manaus como uma cidade matuta e sim como uma metrópole capaz de buscar soluções alternativas, criativas e sensatas para vivermos melhor numa das cidades mais ricas do país. é preciso direção e participação, pois a cidade é um direito de todos!
Saudações Amazônicas!
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