BYE BYE OLIMPÍADAS RIO 2016

FOTO: ÍCONE OLÍMPICO. ARENA DA AMAZÔNIA. AUTOR: CUCUNACA, 2016.

Hoje, encerrou a XXXI Jogos Olímpicos da Era Moderna, realizada no Rio de Janeiro (Brasil). Uma das metas a serem alcançadas pela então gestão do Partido dos Trabalhadores (PT), realizado pela primeira vez no Hemisfério Sul do Planeta. Nestes 13 anos de gestão petista, foram realizados um Pan americano, os Jogos Mundiais Militares, uma Copa do Mundo de Futebol de campo e agora o fechamento com as Olimpíadas e a pára-olimpíada.

Em nossa opinião as cerimônias de abertura e encerramento dos jogos deixaram a desejar. Acostumados a ver festas espetaculares regionais, como o Boi de Parintins e o carnaval carioca, acreditamos que o Meireles poderia ter um melhor conhecimento do Brasil. Faltaram as regiões brasileiras e claro, o futuro do Brasil, seus sonhos, um Brasil do século XXI e não um Brasil dos anos 40 do século passado. As olimpíadas servem as nações para mostrarem força e seu protagonismo no mundo. As inovações na ciência e claro, a capacidade do povo em criar cultura forjando uma identidade nacional. 

O Rio de Janeiro, especialmente perdeu a oportunidade de superar este estigma de "favela e carnaval" os fluminenses poderiam voar mais alto e não reforçar estereótipos. Por detrás disto, está um país mero almoxarifado de recursos naturais necessários ao desenvolvimento do mundo capitalista. Entendemos, o quanto os fluminenses gostariam de mostrar ao mundo a sua beleza e capacidade empreendedora, aliás, um esforço especialmente das camadas mais depauperadas, os afrodescendentes, e agora, no atual momento, com mais recursos financeiros, o puderam fazer, como se fechassem uma "gestalt" inconsciente deste o final dos anos 1970 do século passado presente no imaginário coletivo. Isto pode ser muito claramente evidenciado pela memória sonora por ocasião do encerramento em que foram ouvidas sambas de enredo clássicos e ilustrativos do período 1977-1982 das escolas de samba do Rio de Janeiro como " O Amanhã" da União da Ilha e "Mãe Baiana" da Imperatriz Leopoldinense. Mas, aquele Brasil não é o de Hoje. Enfim, esse é o doce e duro papel dos geógrafos, ler o país ao longo do tempo, mesmo que a elite intelectual do Rio de Janeiro ainda não consiga ler o momento histórico atual em que o país se encontra.

O Brasil do século 21 nos pareceu maior que o Rio de Janeiro, daí os fluminenses não conseguirem abarcar nem mais esta especial territorialidade do país. Ainda que houvesse a boa lembrança do nordeste na cerimônia, ainda foi pouco para a dimensão deste país tão gigante como o Brasil.

Outra olimpíadas no Brasil? Talvez quando a elite brasileira tomar vergonha e amar de verdade seu povo, o verdadeiro produtor da cultura e da identidade dos brasileiros, ou quando um partido de esquerda voltar ao poder e reinventar o sonho para os brasileiros. No mais, a vida nossa que segue. O importante é que nós realizamos sonhos, vimos uma olimpíadas e uma copa do mundo em nosso país e na minha Manaus. Algo inimaginável nos nas décadas passadas. Acredito que o maior legado do PT foi mostrar que podemos sim ser mais para o mundo e nos curar dessa doença terrível que afeta o pensamento de nossa elite: a Síndrome de Vira-Latas, para oportunamente lembrar de Nelson Rodrigues quando analisava o desfecho da Copa de 1950 em que o Brasil foi derrotado pelo Uruguai o chamado "Maracanazo" e instalou uma mentalidade auto-depreciativa e auto-depressiva de suas capacidades físicas e mentais em empreender e materializar sonhos de uma nação protagonista no planeta.

Adeus Rio!

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