FOTO: M. BECHMAN. AUTOR: CUCUNACA, 2023. |
Por: Mauro Bechman*
Vivemos um tempo realmente fluido. Tudo externamente nos corrói e na corrosão vai o tempo e com ele os nossos projetos vão sendo adiados.
Os adiamentos nem sempre são positivos, afinal nem todos os motivos são de fato determinantes para o sucesso de uma empreita ou para o seu fracasso iminente.
O fato está, cremos em realizar e claro, depois aprimorar havendo esta possibilidade. Assim são os grandes projetos em nossas vidas, começam pequenos e depois seguem os passos de crescimento e na melhor das expectativas, o alcance do sucesso.
Medos imaginários são alçados a condição de muralhas. Excessivos detalhes, muitas vezes, fadigam e deixam em nós, sensações ilusórias de avanços sem contudo tocar significativamente nos objetivos propostos.
O detalhismo excessivo nos conduz geralmente a perda de foco, por isso, o preciosismo pode ser o nosso ouro de tolo, reluz mas não é ouro.
Estas semanas foram mais ou menos assim. Expectativas sobre eventos externos que quando se materizalizaram se mostraram abaixo da expectativa criada ou inventada por nós. Tempo e energia que se esvai.
Alimentar ilusões de que somos o que imaginamos ser, mas em realidade não o somos é em verdade o soco mais duro da realidade que em vez de nos botar para dormir, nos acorda para a lucidez.
Dialogar com as gerações? Eis um teste de fogo, afinal a distância entre dias e noites é real. Não somos senhores e senhoras do Tempo. Também é bom saber que ser ranzinza não resolve muita coisa. Para nossa saúde, ás vezes, é melhor ver o bebê cair e levantar por si só e quando solicitados atender ás suas dificuldades.
E os objetivos e metas? Bem, creio que ainda estão escritos na agenda, por isso evite desfoques.
Saudações
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*Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas. UFAM.
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