FOTO: JORNAIS IMPRESSOS. MANAUS/AM. AUTOR: CUCUNACA, 2016. |
Ao longo de toda nossa vida, conhecemos muitos e variados perfis de pessoas, algumas com temperamentos realmente explosivos e outras poucas com temperamento mais equilibrado e capazes de colocarem-se na condição do outro para assim compreendê-lo. Neste sentido, desde 2013 quando assistimos no Brasil manifestações "populares" contra a corrupção e pela não realização da Copa do Mundo de Futebol, nos debruçamos a perceber o quanto as pessoas são influenciáveis pela mídia hegemônica.
Um conjunto "cavalar" de factóides, manipulações de toda sorte, criação de narrativas que fizeram a "novelização"da realidade das pessoas,com claro desejo de torná-las aliadas de decisões obscuras ligadas aos grandes interesses comerciais, políticos e hegemônicos na sociedade brasileira, marcaram esse tempo. O efeito desse "massacre" midiático sobre as "consciências" foi o mais devastador possível para uma nação aspirante à 5a economia do mundo e sobre o cotidiano. Assim, assistimos ao crescimento do discurso do ódio aliado ao fundamentalismo religioso e a negação da política e da Democracia como um construção da busca pela liberdade plena do homem. No plano macro, derruba-se uma presidente da República sem crime de responsabilidade e sem nenhum crime ou citação em ações ilícitas, além do cerceamento da liberdade de expressão de alguns meios de comunicação não hegemônicos como blogs, site e páginas, criminalização dos movimentos sociais, inversão de princípios jurídicos e a incrível defesa da judicialização das questões sociais, filosóficas e humanas.
Se a devastação foi certa e ao longo da História será sentida, imaginemos o que ocorreu com as pessoas simples, as quais quase sempre considerávamos como pessoas pacíficas verdadeiros "docinhos de côco"? Sob este aspecto ainda há muito a se estudar, mas esperamos que nossas reflexões ajudem nessa empreita psicossocial. Sim. Vimos ao longo destes anos, desde 2013, pessoas simples ou que julgávamos pacíficas tornarem-se verdadeiros "monstros" sendo capazes inclusive de desejarem a morte para aquelas personalidades que a media hegemônica elegia para "desfigurar pessoal e politicamente", chegando até a estender suas ofensas e ataques aos que ousassem defender ou arguir por ponderação nos julgamentos e juízos de valor que a mídia hegemônica produzia ininterruptamente juntamente reforçando com seus exércitos de mercenários jornalistas e pseudo-jornalistas como fomentadores e inventores da banalização do senso comum. Desse modo, vimos pessoas amadas antes por nós, amigos, parentes, colegas de trabalho embebecidos de raiva, ódio e intolerância, e observem que muitos desses se diziam "cristãos" católicos e não católicos.
Certo dia refletindo sobre isso, li em um dos "Blogs Sujos" malditos pela media hegemônica brasileira, que o maior desafio neste atual momento é manter a lucidez diante destas narrativas infames e da novelização de nossas vidas. Conseguimos preservar minimamente nossa família, pois nos transformamos em protagonistas de nossas histórias, desligando-se de uma rotina de assistir uma programação de rádios, tevês, jornais e sites que só nos deixávamos sem esperança e humanidade. Especialmente, nós não assistimos algumas tevês e programas desde 2013 por acreditarmos que nos respeitamos como cristãos e como pessoas humanas, com nossas limitações e deslizes, mas ainda suficientemente lúcidos para discernir sobre o que nos faz bem e o que nos faz mal. Quanto aos "Docinhos de côco" que conhecemos ao longo da vida, alguns apodreceram para nós e viraram adubo. Não sentiremos falta, pois adoramos mesmo é "Docinhos de Cupuaçú".
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