FOTO: QUARTO DE NATAL, 2018. AUTOR: CUCUNACA, 2018. |
O crescimento das seitas cristãs evangélicas de matriz neopentecostal e de inspiração na doutrina da Teologia da Prosperidade e além do crescimento do número daqueles que se declaram agnósticos e ateus, contribuem para um cenário bastante interessante em que pessoas que declaram não "gostar do Natal" tem ganhado evidência. Mas, não fosse apenas isso, o discurso parece mais uma vez, desencontrar a prática. Denominações protestantes clássicas e algumas neopentecostais que negam as tradições católicas findam de alguma forma "celebrando" os festejos natalinos e em algumas situações até lucrando financeiramente. Também é interessante notar que entre os ateus e agnósticos, há uma atitude de adesão ao consumismo proposto pelo sistema neste período natalino.
Um terceiro ponto, acrescenta-se aí o desconhecimento ou a negação do conhecimento sobre alguma forma de celebração ou tradição natalina o que sugere uma espécie de "amnésia" destes grupos, mesmo para um país ainda majoritariamente católico com gerações puramente materialistas ainda recentes.
Embora saiba-se que estamos entrando numa espiral materialista com o crescimento econômico e o aumento do poder aquisitivo das camadas exploradas do povo brasileiro, a banalização do Natal com sua rica significância para o cristianismo, leva a uma conclusão preliminar a ser considerada. Há uma grande ignorância sobre o real significado do natal e portanto, uma dificuldade no desvencilhamento do espírito consumista. Aliás, ignorância e consumismo, neste caso, aparecem como parceiras o que em grande sentido esvazia o sentido cristão deste momento tão importante para a história da Humanidade em que pode-se ver o divino tão perto do humano, dando sentido e sabor a existência humana neste planeta.
Ei! Feliz Natal! Para você e toda a sua família!
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