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O PEQUENO PRÍNCIPE, NOTAS

FOTO: LIVRO O PEQUENO PRÍNCIPE.
 AUTOR DA FOTO: CUCUNACA, 2019.

Um dos maiores clássicos da literatura mundial, o Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, é sem dúvida um texto colossal, seja pelo estilo universal seja elevado grau de humanismo presente na história, o que o torna atemporal.

Em situações limites, a humanidade se sobressai numa busca cega do próprio homem, mergulhado no seu próprio ego. Exupéry, apresenta cada homem em seu mundo, monotonamente sem sentido diante de uma existência finita e da enorme necessidade de se preencher o tempo da vida. E, nesta monotonia cada homem é cada mundo, solitário e por si só inexplicável, visto que, as justificativas para o viver são por si só frágeis demais para satisfazer a dimensão da vida. 

 Nas viagens do Pequeno Príncipe, ele conhece um rei em seu planeta de soberba, em si mesmo, imperador e tirano diante do que se candidata a ser seu súdito, mesmo que a autoridade nem mesmo seja levada à sério, mas um rei. Que rei? Talvez este seu exercício de subversão maior, contesta a autoridade de quem não é autoridade. A vaidade e o senso de manipulação da flor sobre o amor de seu dedicado protetor, uma desilusão necessária para que a lucidez brote sobre as ações e sobre as pessoas em suas limitações humanas.

O administrador que só se debruça sobre os números cuja doentia quantificação das coisas o leva a crença de que o seu fazer é mais significante que o dos outros.A exatidão buscada como certeza nos números justificando a seriedade e a posse como ícones de poder e sucesso, uma mera fantasia. O geógrafo que não viaja, prisioneiro de sua vaidade e de sua pena sobre a escrivaninha. Um mundo também sem sentido.

 A raposa carente, sempre incompreendida, mas que consegue ensinar o verdadeiro significado de cativar, afinal é mais fácil amar o que nos é oportuno e cômodo. E a serpente, o mistério e a sedução do convite à viagem por trilhas ainda não plenamente conhecidas. Sobre ser humano, em meio a atividades, que não cheguem nem perto de um ser como o humano, é em verdade a busca no deserto do Saara nesta saga o pequeno príncipe nos ensina que somos únicos e que aí reside a nossa verdadeira beleza.

Li, aos 47 anos de idade, acredito que esta era a idade certa para ler o pequeno príncipe. Agora sim, consertei meu avião e agora vou decolar deste deserto.

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SAINT-EXÚPERY, Antoine de, 1900-1944. O pequeno príncipe. Trad: Dom Marcos Barbosa. Rio de Janeiro:Agir, 2006. 96 págs.

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