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A LUTA DOS PROFESSORES NO AMAZONAS

FOTO: PRAÇA DO CONGRESSO - IEA.
AUTOR:CUCUNACA,2014.

A categoria dos professores sempre foi muito mal remunerada no Brasil. A despeito do que retratam mais uma valoração ética e moral do que salarial. A verdade é que ela nunca na prática foi tratada como uma verdadeira profissão. Do "professor sacerdócio" ao "professor gestor" a "Luta social dos Professores" continua.

Desde a Histórica "Batalha do Igarapé de Manaus" nos anos 1980 em que o movimento docente fora duramente reprimido até as Greves e Paralisações por uma Política de Carreiras,cargos e salários nos anos 1990 e na primeira década dos anos 2000, a nosso ver, ainda há muito a caminhar. 

Algumas vitórias foram sentidas e hoje fazem parte do cotidiano das novas gerações de professores e professoras do Amazonas. Dentre estas conquistas, a HTP - Hora do Trabalho Pedagógico, uma reivindicação dos anos 1990, a regularização dos pagamentos dos salários, pois quando se iniciava nesta atividade, especialmente na condição de contrato temporário ou no chamado regime especial, atrasava-se cerca de três meses o pagamento gerando muitos movimentos paredistas e revoltas difusas em escolas do Estado. 

No Brasil, ainda que existam escolas que usam o Giz, as escolas públicas em Manaus foram substituindo esse recurso pelo pincel atômico e a lousa branca, também uma luta pela saúde dos mestres e das mestres. Recordo sem muita saudade, que ao término de um dia de trabalho,minha garganta e meu pescoço e minhas mãos estavam cheios de giz que misturados ao meu suor nos fazíamos sentir "derrotados". A merenda estendida aos professores também auxilou aos que mal podiam se alimentar em casa ou tinham dinheiro para fazer um lanche na cantina da escola. Também, a descentralização do pagamento dos salários que a todo mês era uma aventura ir "receber no Banco do Estado,o BIG BEA onde não era raro alguma professora desmaiar ou passar mal com a lotação, pois recebíamos o salário na chamada boca do caixa.

Todos estes movimentos, embora sejam usufruídos por professores e professoras que não vivenciaram essas lutas, seria inteligente saber que são frutos de uma luta coletiva e que nenhum governo ou prefeito simplesmente presenteou os mestres com o atendimento às suas reivindicações. Foram os mestres que organizados pelo coletivo, geraram algumas destas poucas vitórias do presente. Ainda insuficientes para se afirmar que os professores são plenamente uma profissão igual aos profissionais que formam.

A luta continua!

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