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A MÍDIA, GEOGRAFIA E CRISE NO RIO

FOTO: APARELHO DE TELEVISÃO ANALÓGICO. AUTOR: CUCUNAC.A, 2014


Nesta postagem, buscarei apresentar algumas utilizações do conhecimento geográfico para a teia de composição da crise urbana e ética no Rio de Janeiro com os eventos recentes de re-territorialização por parte do Estado de áreas de inércia social. A aplicabilidade dos saberes e dos conhecimentos da Geografia revelam o quão são atuais e estratégicos este conjunto teórico-metodológico que compôe a ciência geográfica para o uso a serviço do Estado e ou dos movimentos sociais.

A GEOGRAFIA NA MÍDIA

Com os acontecimentos atuais sobre a crise social e ética no Rio de Janeiro a Geografia ganhou destaque especial por apresentar-se de forma difusa na análise das categorias, conceitos e ações correlacionadas ao pensamento geográfico. Categorias como espaço e território foram muito vulgarizadas durante a cobertura da crise no Rio de Janeiro. A mídia como grande vedete da atualidade expôs direta e indiretamente esta aplicabilidade dos conhecimentos e saberes geográficos.
Inicialmente, poderíamos verificar no uso já clássico dos aparelhos de Estado presente na literatura militar destes conceitos ligados ao território. Notadamente, a retomada do complexo do Alemão (Conjunto de Favelas) pelas forças de segurança do Estado não teria a mesma eficácia operacional não fosse o conhecimento estratégico do território a partir das ferramentas das geotecnologias e do conhecimento de redes geográficas, no seu contexto cultural, social, geomorfológico e topográfico. Ainda assim, poderíamos descrever a importância da configuração de um espaço urbano densamente povoado e uma cidade que se globaliza com a velocidade da mídia que expõe a cidade do Rio de Janeiro como um espaço de consumo e signo do prazer.
Os mapas mentais, as representações imagéticas de um mundo particular, uma Geografia própria de cada morador, presente no seu próprio ser, transfere para o mundo a sua espacialidade presente nos desenhos de representação do seu espaço de vida, o que se revela numa ferramenta de entender que a própria reprodução social e do estado estaria sendo comprometida por uma visão para as futuras gerações de que o mito do super homem estaria fugindo á percepção do Estado e caminhando em direção a uma iconografia ligada ao mundo marginalizado produto das relações desiguais de apropiação do espaço geográfico.
A partir desta página cotidiana exposta á exaustão na mídia, temos a clareza da aplicabilidade da Geografia enquanto uma ciência do poder, seja ela exercida para o bem ou para o mal da sociedade. No episódio do Rio de Janeiro, podemos ver claramente a Geografia desfilar, desvelar e o seu poder estratégico de construir e reconstruir espaços, de fazer a guerra, mas sobretudo de construir a Paz.
O Rio de Janeiro, ainda demorará um pouco para ser feliz, haverão sacrificios a serem feitos, Estado e sociedade precisarão efetivamente de um diálogo que não seja pela imposição das armas e nisto a mídia e a Geografia tem um papel essencial, o de vetores para uma vida melhor.

Saudações Geográficas!

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