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05 DE SETEMBRO - DIA DO AMAZONAS E DO PROTAGONISMO AMAZONENSE

FOTO: PAVILHÃO DO AMAZONAS. 2015. AUTOR: CUCUNAÇA, 2015.

No dia 05 de Setembro de 1850 pelo Decreto Imperial 582, o Império Brasileiro incorpora a sua geografia política administrativa, mais uma província: a Província do Amazonas. Fruto de muitas reivindicações e lutas sociais, seja de suas associações civis como a marçonaria, a Igreja Católica e outros grupos comerciais, seja de algumas autoridades políticas locais.

Em verdade, esta data significou o inicio de um protagonismo político do povo amazonense e de suas elites no cenário imperial e posteriormente republicano, além de significar também uma preocupação geopolítica do império em resguardar a soberania do Brasil sobre o norte do país.

Nas décadas subsequentes a elevação do Amazonas, assistiu-se a um vertiginoso crescimento econômico, iniciado ainda pela busca das chamadas "Drogas do sertão" e consolidada pelo ciclo da borracha já em pleno século XX. Isso fez com que a geografia do Amazonas e a sua composição étnica e social sofresse intensa transformação.

Se no plano das camadas mais depauperadas vão ter a presença dos migrantes nordestinos em meio a presença dos caboclos e de indígenas, no plano das classes mais abastadas, teremos uma formação social edificada por imigrantes, cujo conhecimento sobre o lugar e sua historicidade sempre foram precárias e, em razão disto, nunca se revelaram capazes de assumir uma identidade efetivamente amazonense. O Amazonas fora e ainda é para muitos dos membros de sua elite, apenas um cenário paisagístico, misturado ao idílico e ao fantástico, revelado ao mundo na suas poucas linhas escritas, como espaço do exótico.

Neste sentido, foram pouquíssimas as vezes, em que a elite socioeconômica amazonense, se fez protagonista das ações no cenário político nacional, mesmo estando assentada, numa das regiões mais importantes do mundo, a Amazônia. Uma elite que internamente tem ojeriza a cultura indígena e cabocla, visto que, não produz literatura sobre seus personagens, sua ciência, sua cultura e sua história, preferindo sempre ficar na trama nacional como coadjuvantes, mesmo que isso, traga prejuízos ao povo amazonense.

Numa das regiões mais importantes do mundo e do Brasil, a elite do Amazonas não é protagonista no cenário das grandes decisões políticas, mesmo sendo sua capital Manaus, a 6a economia do país. Uma elite que muitas vezes, deprecia os frutos da cultura popular, seus ícones e símbolos, cujos resultados vêem-se no sentimento de impotência dos amazonenses mais humildes diante de seus problemas sociais e econômicos e na sua interação com os demais brasileiros. Os dados clarificam esta situação: 6a Economia do país e a Região Metropolitana com o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dentre as regiões metropolitanas brasileiras de acordo com o IBGE. O fausto da economia para poucos e o baixo IDH para muitos.

Por ocasião da atual situação política brasileira, algumas elites políticas sociais e intelectuais marcam sua presença na História do Brasil, definindo diretrizes e apontando caminhos. Tal cenário, por exemplo, fez com que governadores do nordeste brasileiro, apoiassem a legitimidade e legalidade das eleições majoritárias de 2014 cujo pleito elegeu a candidata Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores ante uma ameça de golpe de estado jurídico-midiático. A liderança coube ao governador do estado do Maranhão Flávio Dino (PC do B), posição esta contrária a dos setores mais conservadores de São Paulo que pede o afastamento da presidenta eleita. Outrossim, cabe ressaltar o protagonismo de Minas Gerais, que lança neste dia 05, uma Frente Brasil Popular em favor da Democracia e das conquistas sociais, composta por partidos de esquerda, movimentos populares e entidades estudantis. Como se observa, as elites destes estados, marcam posição, ou seja, se sentem e agem como protagonistas diante do processo histórico e na definição dos rumos do país

Intelectuais, geógrafos, economistas e alguns políticos acreditam que a elite amazonense e os amazonenses deveriam assumir seu papel nas direções sobre a Amazônia e sobre o Brasil proporcionalmente a sua força econômica, cuja capacidade de trabalho dos amazonenses, já se mostrou que não passou apenas de mito e mistificação do trabalhador e da trabalhadora amazonense ser averso ao trabalho. Afinal, os dados mostram que em produtividade os trabalhadores amazonenses concorrem entre os primeiros lugares com os demais continentes.

Assim, o Amazonas e os amazonenses, precisam se ver como protagonistas e interlocutores nos grandes debates nacionais e regionais, sob a pena, de sermos sempre vistos na trama principal no papel de coadjuvantes.


Saudações Amazonenses!

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