FOTO: DECISÃO. 1999. |
O JOGO E O GOL DO TÍTULO
No dia 30 de fevereiro de 1999 às 13h ocorreu a Grande decisão do campeonato amazonense de futebol. A peleja foi entre o Olímpico Clube e o Grêmio Guanabara, no estádio Parque Amazonense. E assim ocorreu a grande decisão, em três momentos, na narrativa e voz do radialista PP:
- Começa o jogo! Boa presença de público para os padrões amazonenses de ludopédio,nesta tarde de uma temperatura agradável com 24º C, céu límpido e sol de comercial de margarina. A iniciativa é do Grêmio Guanabara que parte para o ataque velozmente com Mário Formiga que lança a pelota ao lateral Fragoso e este passa por um, por outro e mais outro defensor e cruza para o cabeceio certeiro de Fumaça para o fundo...a torcida vibra com intensa emoção, jovens e crianças de abraçam e os velhos torcedores abrem largos sorrisos num êxtase quase transcendental.
- Recompõe-se o guarda-metas Aranha pela equipe do Olímpico Clube e toda sua defesa se adianta para pressionar o adversário em seu próprio campo. Pega a pelota pelo meio campo,o bom jogador Coelho, coelho conduz com elegância e empurra seu time para frente, supera com um drible desconcertante o meia-cancha Rayol que caído no chão ainda tenta segurar Coelho pela perna, em vão. Coelho avança e passa a bola para Tartá. Tartá passa para Toró que devolve a Tartá numa jogadinha que lembra a dupla Pelé-Coutinho. Tartá então caminha, passa por um e por um segundo marcador e à meia distância atira um petardo fortíssimo em direção ao arco de defesa para o delírio da fiel torcida do clube “cinco arcos”. Um verdadeiro foguete em direção à meta do excelente goleiro Agnaldo Macaco, para a explosão emocional dos ouvintes e torcedores do Olímpico que nos acompanham pelas ondas da rádio Baré.
- O jogo caminha para o seu desfecho final, quando o árbitro Carlos Valverde Cominho decide por conta própria prorrogar o jogo em 10 minutos para que finalmente possa-se saber quem seria o campeão amazonense de 1999. O jogo segue com os atletas exaustos, desgastados em um dos certames mais difíceis dos últimos anos. Quando de repente, há um desentendimento em campo entre o lateral esquerdo Curuçá e o centro-avante Rolando que saem se provocando após a dupla expulsão de campo. Após alguns minutos de paralizasão o jogo é reiniciado e Tartá, recolhe a pelota caminhando para a linha de fundo, fundeado por Coelho e Gameiro, o meia-esquerda faz uma firula, dribla, Reinaldo Ratinho, passa na velocidade diante de Colméia e no pé-de-ferro supera Edmilson Mamão, ainda o veloz Tartá chega sozinho na grande área diante do goleiro Kelson Princesa e toca na saída do guarda-metas para a explosão da “massa” tricolor do Parque 10 de Novembro.
E após breve re-inicio da partida, o árbitro chega ao centro do gramado do Parque Amazonense e decreta o fim do espetáculo para a explosão dos torcedores presentes, com direito a invasão de campo, e ouvintes da rádio Baré saudando o novo campeão amazonense de futebol neste dia quase noite Histórico para o fantástico desporto amazonense.
Assim foi na inconfundível narração do Show Man da rádio Baré, o Pepê, a Final do Certame Amazonense de Futebol em 1999. Parabéns aos legítimos e verdadeiros campeões!
ANTI-MORAL DA HISTÓRIA: TANTO NO FUTEBOL QUANDO NO MEIO JURÍDICO, ESTAMOS SUJEITOS AO REALISMO FANTÁSTICO, OU SEJA, DEPENDE-SE DA NARRATIVA.
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OBS: PEPÊ acometido de febre amarela, transmitiu esse jogo pelo watssap direto de seu triplex em POA, litoral catarinense.
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