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SAMBA DE MANAUS 2018: NOTAS E ANOTAÇÕES

FOTO-MOSAICO SAMBA MANAUS.2017

Mais um Grande Desfile previsto para as Escolas de Samba de Manaus do Grupo Especial no sambódromo dia 10/02 a  partir das 20h. Desde o ano que passou, vimos acompanhando o desenrolar desta importante festa popular em Manaus. Que já foi até o segundo melhor do Brasil. Atualmente, talvez seja o terceiro ou quarto tendo em vista o belíssimo desfile que o Estado do Espírito Santo vem realizando. Neste sentido, algumas notas seriam necessárias, diante de um público de foliões e sambistas muito generoso para com o Carnaval de Escolas de Samba.

Há 20 anos muito "atacado" pela mídia local e pelos órgãos e instituições conservadoras religiosas, o samba amazonense segue para um ano que promete reeditar grandes carnavais. Como torcedor e folião eterno, ao longo desses anos, propomos algumas notas para que o samba manauara volte a figurar na agenda dos grandes carnavais brasileiros na primeira linha, especialmente nesse último ano em que tivemos um princípio de ruptura organizacional entre as agremiações. Eis algumas notas:

1. REPRESENTATIVIDADE NACIONAL - Em 2017 houve um encontro nacional de agremiações carnavalescas para discutir a Cultura Popular. Um carnaval majestoso como o de Manaus não enviou um representante sequer, ou seja, nenhuma escola esteve presente. Fica a dúvida se os sambistas de Manaus são mesmo apenas fãs do samba, levando apenas como uma "brincadeira" de tempos em tempos. Além do mais, será que ninguém lembrou de Manaus? Mesmo muitos interpretes do Rio de Janeiro que a cada ano vindo cantar (trabalhar) na cidade por conta do desfile das escolas de samba, não fizeram lembrar Manaus?

2. UNIDADE - Corporações fortalecidas conseguem sempre mais. Há um patrimônio público gigante seja material (Centro de Convenções) e imaterial (Cultura) em jogo para ser vitima de uma espécie de "Fogueira das Vaidades" entre as diretorias das escolas. Num cenário de extremo conservadorismo em que as escolas decidiram preservar as agremiações decretando "todas campeãs", não se pode gerar divisões. Emantur, Liesma,Ceesma, isso tudo só existe pela presença popular, não tem vida em si mesmas. Então, a unidade sempre faz a força. É muito "baixo" para se representar a 6a Economia do Brasil, ou seja, há um capital disperso que por falta de unidade vai para outras empresas de lazer e diversão. Pensem nisso!

3. FIM DA CRISE. Há décadas se fala em crise. Imagine fazer carnaval nos anos 1970 e 1980? Agora com uma enorme e diversidade de formas de auto- sustentação das agremiações com eventos, cursos, aluguéis, festas, marcas, falar em "sofrimento..." "apesar da crise"...já ficou na retórica e a nosso ver não justifica mais a falta de organização profissional para as organizações carnavalescas. Neste sentido, lembro que num futuro próximo, as Escolas Tradicionais com gestão familiar e cativa, serão muito ameaçadas não por suas rivais, mas por escolas jovens que já nascem organizadas e grandes, fica como exemplo, essa da Compensa a Vila da Barra como modelo de gestão.

Esperamos um belíssimo desfile esse ano, com uma rivalidade sadia e musical entre as escolas e que dê tudo certo e que possamos fazer um bonito e inesquecível desfile.

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