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MEMÓRIAS DE 2014: COPA DO MUNDO DE FUTEBOL NO BRASIL EM 2014 – MANAUS

FOTO-MOSAICO: COPA 2014 MANAUS.
AUTOR: CUCUNACA, 2014.
Memórias de 2014: Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014 – Manaus

E já se passaram 4 anos. Estamos novamente diante de mais uma Copa do Mundo de Futebol da FIFA, nesta edição realizada na Rússia, neste ano de 2018. Manaus, foi selecionada com uma das subsedes do evento mesmo recebendo uma “enxurrada” de críticas que justificaram mais o preconceito regional do que o uso de critérios técnicos, mesmo assim,  a cidade foi escolhida como a melhor das subsedes.

Desde 2013, a revolução colorida imposta pelo imperialismo com vistas a derrubar o governo de Dilma Rousseff (PT) gerava um clima intensamente negativo com um a mídia empresarial privada intensamente comprometida com a queda do governo federal de origem trabalhista.

Neste clima, ás vésperas do evento maior do futebol não se viam as empresas com decoração para a festa do futebol, apenas os bares do centro histórico e alguns pequenos estabelecimento exibiam seu orgulho nacional. Mas as grandes empresas nacionais e multinacionais nem sequer colocavam faixas sinalizando para o evento. Assistir a televisão então, nem pensar, pois este meio desenvolvia uma agenda extremamente contaminada com ódio, aliada a opinião isenta (?) das organizações não-governamentais sobre os temas nacionais, perfazendo um ambiente tóxico.

Em 2014, sob grande tensão a Copa aconteceu num país já fraturado pela sua própria classe dominante, que como esperta que é, comprou os ingressos e assistiu aos jogos, enquanto, a classe média ascendente e tola, era alimentada de ódio pela mídia nacional e internacional (disfarçada de nacional).

As camadas mais pobres, foram as que enfeitaram as ruas como todos os anos fazem desde a Copa de 1982 em que se criou a Seleção Canarinho. Como amantes do Futebol e do Brasil, fomos a favor da Copa do Mundo, pois a leitura da Geografia nos conduzia a isto. O Brasil integrava a Classe Média do Mundo, o chamado BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e também a 7ª economia do mundo. E Manaus, também estava preparada, pois a posição de 6ª economia do Brasil, o que evidentemente não inviabilizaria a realização do evento na capital do Amazonas.

As memórias que temos da Copa no Brasil, e em Manaus especialmente, são as melhores, apesar do clima criado pela mídia hegemônica. Desligamos da mídia hegemônica, compramos os ingressos para todos os jogos e vivemos intensamente esse momento da copa do mundo. Vimos a Inglaterra x Itália, um dos melhores jogos da História das Copa,  a invasão dos estadunidenses (no bom sentido) e a alegria dos croatas pela avenida Constantino Nery em direção a Arena Vivaldo Lima (Arena da Amazônia). Um momento inesquecível!

De tudo isso, ficaram muitas lições, mas uma delas foi a de estávamos certo. Depois de tanto, apenas eu defender a Copa no Brasil em Manaus junto aos meus colegas, que estavam grávidos pela mídia hegemônica, aprendi e ensinei que devemos sempre acreditar no nosso potencial. E uma ex-aluna nossa, deixou um recado em uma das nossas mídias sociais: “- Professor, o senhor venceu! Enquanto todos falavam em vexame que não ia dar certo. O senhor foi o único que afirmou que deveríamos ver este evento pelos nossos próprios olhos e não pelos da mídia hegemônica. O senhor  ainda falou que os lugares mais visitados, seriam o Rio de Janeiro, o Nordeste e Manaus. Mestre, parabéns o senhor venceu!”.

Em 2018, há um esforço gigante da mídia hegemônica em fazer o torcedor brasileiro abraçar o evento e a “seleção globalizada do Brasil”. O uso da camisa da seleção brasileira nas campanhas contra a corrupção, por pessoas envolvidas e promovedoras de corrupção, inclusive jogadores de futebol, gerou um descrédito deste que foi um dos maiores ícones de identificação e da integração do povo brasileiro. 

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