![]() |
FOTO: PROF. ME. MAURO BECHMAN AUTOR: CUCUNACA, 2020. |
Por: Mauro Jeusy Vieira Bechman*
Um dos temas que se torna tão vital para o prosseguimento da espécie humana neste planeta, vem sendo alvo de intensa reflexão por intelectuais das mais distintas matizes. Trata-se da Educação. Para não ficar na generalidade, nos posicionaremos em pensar a relação entre Educação pública x Educação privada. Sem apologia ao futurismo mágico, a Educação deverá ser pensada definitivamente com a integração não apenas nas dimensões do método, da metodologia, mas sobretudo das tecnologias remotas. A esta questão, somam-se outras mais, dentre elas, a da posição ética entre o acesso pleno ás ferramentas e ao processo ensino-aprendizagem.
Os chamados provedores e as chamadas redes sociais privadas, bem como, as plataformas geradas em ambiente privado estariam em condições de favorecer a liberdade necessária ao exercício do pensamento e o fazer da ciência? De outra forma, a tecnificação do espaço geográfico possibilita a acessibilidade das chamadas parcelas marginais da sociedade ou as submete à opacidade, de um lado gerando oásis do conhecimento e de outro aprofundando a caverna?
De todos os modos, a Pandemia e mais precisamente as mídias corporativas parecem esconder este debate precioso, especialmente quando uma nação busca uma luz no fim do túnel. Neste sentido, a sensibilidade de que se deva pensar numa educação pública deveria passar pelo pensamento dos que vivem da educação desta feita não como negócio ou serviço a ser comercializado, mas como essencialidade para a continuação da espécie.
Aliás, momento oportuno em que a saúde pública tão parasitada e difamada responde pelo atendimento e pela busca de soluções científicas para as demandas sociais. De modo similar, resguardado o devido distanciamento, a Educação Pública afirmou-se em sua capacidade plena de serviço à sociedade, a despeito das desencontradas ações de alguns gestores que notadamente privilegiaram suas vaidades e interesses pessoais que a condição da gestão pública.
As manifestações de professores durante a Pandemia, criticamente chamando à Greve pela vida, tem um fortíssimo conteúdo ético e científico para o enfrentamento das questões da ordem do dia. Nelas, o grito pela ação política e científica de preservação da espécie humana não apenas como um conjunto de ações alienantes que não se sustentam sem a conduta ética em direção da vida, um verdadeiro humanismo.
É um oceano...
_________________
*Mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia e processos socioculturais pela Universidade Federal do Amazonas. UFAM.
0 Comentários